Viagem aos anos da New Wave, tendo por referência o programa de rádio Rock em Stock, de Luís Filipe de Barros, na sua primeira fase (1979/1982). Celebrando os 40 anos do Rock em Stock.
♫Parte da emissão do Rock em Stock de 27 de Fevereiro de 1981 (duração: 22min)♫
Excertos de duas gravações referentes à emissão do Rock em Stock de 6.ª feira, 27 de Fevereiro de 1981, uma delas sem a locução de Luís Filipe Barros. Inclui The Who, Tequila, Sector 27, Rainbow, Pretenders, Judas Priest e Boomtown Rats. Três eram novidades no Rock em Stock (e em Portugal): Rainbow, Pretenders e The Who.
Faz-se referência a mais um Rock em Stock ao vivo, na noite de sábado, 28 de Fevereiro de 1981, desta feita na famosa discoteca O Moinho, em Castanheira de Alcobaça (que já não existe).
♫Parte da emissão do Rock em Stock de 26 de Fevereiro de 1981 (duração: 26min)♫
Excertos de duas gravações referentes à emissão do Rock em Stock de 5.ª feira, 26 de Fevereiro de 1981, com locução de Luís Filipe Barros. Inclui U2, Sector 27, The Passions, Orchestral Manoeuvres In The Dark, Mi-Sex, Gen X e Elvis Costello & The Attractions.
Ouve-se também o indicativo da rubrica “Rock por Letras”. Luís Filipe Barros diz que Ricardo Camacho está a fazer exames (estava prestes a ser médico) e que, por isso, o “Rock por Letras” ia ser apresentado por Rui Morrison.
Divulga-se a inauguração, no dia 28, de uma nova discoteca em Lisboa: “Quilómetro Zero”, na Rua São João da Praça, n.º 60 (já não existe).
No final da emissão, anuncia-se a chegada de música nova ao Rock em Stock para o dia seguinte: novos discos dos Pretenders (“Message of love”), Roxy Music (“Jealous guy”), The Who (“You better you bet”) e Rainbow (“I surrender”).
15.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 21 de Fevereiro de 1981
“Stars are Stars”, do álbum “Crocodiles”, o álbum de estreia dos Echo & The Bunnymen, que era o 15.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 21 de Fevereiro de 1981.
8.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 21 de Fevereiro de 1981
“Bear cage”, Stranglers, uma das canções que marcaram o Rock em Stock. Desde 16 de Agosto de 1980 no top de álbuns do Rock em Stock, os Stranglers ocupavam o 8.º lugar mais de seis meses depois, em 21 de Fevereiro de 1981, depois de já terem sido n.º 1 em Outubro de 1980.
6.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 21 de Fevereiro de 1981
David Bowie, com Robert Fripp na guitarra, “Scary Monsters”, canção editada em single em Janeiro de 1981. Em alguns países, a canção foi editada numa versão bastante mais curta do que a do álbum “Scary Monsters”; noutros, a canção editada no single foi a do álbum.
O single “Scary Monsters” chegou ao 6.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 21 de Fevereiro de 1981. O álbum tinha atingido igual posição no top de álbuns, em Novembro de 1980.
1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 21 de Fevereiro de 1981
“Up in Heaven”, do triplo álbum “Sandinista!”, dos Clash, o 1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 21 de Fevereiro de 1981, pela terceira semana consecutiva. Pela primeira vez desde o Verão de 1980, um álbum aguentava mais do que duas semanas seguidas no 1.º lugar.
“Up in Heaven” foi a canção com que Luís Filipe Barros se despediu do Rock em Stock, em 1982.
Teardrop Explodes: 14.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 21 de Fevereiro de 1981
Teardrop Explodes, “Books”, regravação, para o álbum “Kilimanjaro”, da canção “Read it in books”, que tinha sido editada originariamente pelos Teardrop Explodes em Março de 1980 (lado B de um single).
“Read it in Books” é uma das raras heranças de uma banda de Liverpool que só durou pouco mais de um mês e não deixou nenhum disco, os Crucial Three, liderados por Julian Cope e Ian McCulloch, os dois autores da canção. Ian McCulloch formou depois os Echo & The Bunnymen e Julian Cope os Teardrop Explodes.
Ambas as bandas regravaram depois a canção, em novas versões, para os seus álbuns de estreia, embora, no caso dos Echo & The Bunnymen, a canção – numa versão bastante diferente da original – só tenha aparecido nas edições do álbum “Crocodiles” de alguns países, como por exemplo a norte-americana.
Echo & The Bunnymen: 15.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 21 de Fevereiro de 1981
No top de álbuns do Rock em Stock de 21 de Fevereiro de 1981, o álbum “Kilimanjaro”, dos Teardrop Explodes, era o 14.º lugar e o álbum “Crocodiles”, dos Echo & The Bunnymen, era o 15.º lugar.
“Cherchez le Garçon”, a canção mais conhecida dos franceses Taxi-Girl, editada em single e em EP em Dezembro de 1980, retirados do álbum com o mesmo nome, editado na mesma altura, que foi o álbum de estreia desta banda francesa. O EP era o 6.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981.
“Two Sunspots”, do álbum “Meninblack”, dos Stranglers, editado em Inglaterra em Fevereiro de 1981. A canção tinha sido gravada pela primeira vez para ser editada em single em 1979, mas o single acabou por ficar na gaveta (uma gravação de Maio de 1979 disponível aqui). A canção foi depois regravada, em 1980, para o álbum “Meninblack”.
Os Stranglers ocupavam o 16.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981.
18.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981
“Strong arm of the law”, tema-título do terceiro álbum dos britânicos Saxon, que era o 18.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981.
1.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 10, 17, 24 e 31 de Janeiro e de 14 de Fevereiro de 1981
“Mr. Jones”, dos Psychedelic Furs, single editado apenas em Inglaterra. Apesar de, mais tarde, se ter tornado uma das canções mais populares nos concertos dos Psychedelic Furs, o single não teve sucesso algum, a não ser em Portugal, no top do Rock em Stock, onde foi um dos singles verdadeiramente históricos: entre os singles estrangeiros, só um lhe ficou à frente na história dos tops do Rock em Stock (“Games without frontiers”, de Peter Gabriel).
Editado em Inglaterra no último dia de Outubro de 1980, o single “Mr. Jones” entrou em Novembro no top de singles do Rock em Stock (6.º lugar) e na semana seguinte já estava no 2.º lugar. Chegou ao 1.º lugar em 10 de Janeiro de 1981 e foi n.º 1 por mais quatro vezes, em 17, 24 e 31 de Janeiro e em 14 de Fevereiro.
“Movie stars and ads / And radio define romance / Don't turn it on / I don't want to dance”. A canção põe em causa o conceito de “romance”, de “amor”, tal como é definido pelo cinema, pela música, pela publicidade, pela rádio…, tal como explicou o vocalista Richard Butler 40 anos depois, em 2020: «A canção basicamente diz que a publicidade, a rádio, a música Pop vende-nos uma ideia do que seja o amor e do que o amor deveria ser, dificilmente concretizável no mundo real. É basicamente uma crítica a isso. As estrelas de cinema e os anúncios definem o romance, não é assim?».
O “Mr. Jones” e a “Mrs. Jones” da canção são as pessoas comuns. O nome escolhido foi “Jones” – explica Richard Butler – em homenagem a Bob Dylan e a David Bowie, de quem Richard Butler era grande fã (Bob Dylan mencionava “Mr. Jones” em “Ballad of a Thin Man”: “Something is happening here / But you don't know what it is / Do you, Mr. Jones?”); e o verdadeiro nome de David Bowie era David Jones).
14.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981
“Houses in Motion”, do álbum “Remain in Light”, dos Talking Heads, 14.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981, depois de já ter sido n.º 1.
Foi em Fevereiro de 1981 que Luís Filipe Barros noticiou, aos microfones do Rock em Stock, o fim dos Speeds. Luís Filipe Barros é recordado como um dos grandes artífices do chamado “boom” do Rock português de 1980/81. Mas talvez nenhuma outra banda portuguesa possa ser mais associada ao Rock em Stock do que os Speeds.
Em Março de 1980, noticiava-se, na comunicação social, que ia acontecer o primeiro Rock em Stock ao vivo. Foi no Ateneu Comercial, em Lisboa, em 15 de Março de 1980 (um sábado), a partir das 20h. Luís Filipe Barros passava música e falava, como se estivesse numa emissão do Rock em Stock. Nesse primeiro Rock em Stock ao vivo, Luís Filipe Barros ia fazer uma apresentação do álbum “Privado”, dos Ananga-Ranga (que já tinha estreado no Rock em Stock) - e ia também apresentar uma nova banda, chamada “Speeds”, uma “descoberta” sua.
Luís Filipe Barros acabaria, meses mais tarde, por produzir o primeiro single dos Speeds e, no Outono de 1980, produziria também o segundo e último single da banda. O primeiro, “Where I Used To Play” (que, na verdade, era o lado B), entrou no top de singles do Rock em Stock em Agosto de 1980, manteve-se três meses e meio entre os dez primeiros, subiu por três vezes ao 3.º lugar e foi o sexto single português mais bem-sucedido na história dos tops do Rock em Stock (1979/82).
"Where I used to play", o primeiro dos dois únicos singles que os Speeds editaram.
Em Dezembro de 1980, os Speeds ainda apareceram como uma das primeiríssimas bandas - foi a terceira - a actuarem no Rock Rendez-Vous e tiveram lotação esgotada. Mas acabaram no início de 1981 (ano em que alguns dos seus membros formariam uma nova banda, desta feita cantando em português).
6.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981
Em 2013, o músico Moby foi convidado para seleccionar uma lista de três canções favoritas e a primeira da sua lista foi este “Thrash”, dos Cowboys International. Comentou então Moby que as canções do álbum “Original Sin” eram “tão bem escritas, tão cativantes e tão marcantes” que era inexplicável como é que o disco não tinha tido um grande sucesso e como é que este “quase supergrupo” da New Wave não tinha feito mais discos (quase “supergrupo” porque incluía músicos que, antes, durante ou depois da curta vida dos Cowboys International, integraram bandas como Clash, Public Image Ltd, Generation X, Ultravox, Original Mirrors ou Adam and the Ants).
Moby não foi o único a interrogar-se, retrospectivamente, como é que um disco como “Original Sin”, editado em Inglaterra no Outono de 1979, foi praticamente ignorado em todo o lado. Não obstante a Melody Maker ter depois colocado o álbum entre os 11 melhores de 1979 - e a concorrência, diga-se, era bastante forte -, o disco foi um fracasso comercial, determinando o fim da banda.
O top do Rock em Stock, em Portugal, foi a excepção. Embora com atraso: pouco conhecido e afastado da ribalta, o álbum “Original Sin” só haveria de chegar ao top do Rock em Stock um ano depois, no final de 1980, numa altura em que os Cowboys International já tinham acabado. E com algum sucesso. O álbum era o 6.º lugar no top do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981.
A canção “Thrash” foi editada também em single, em versão mais curta.
4.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981
“Twenty nine ways”, canção dos anos 50 de Willie Dixon, na versão dos Blues Band, do álbum “Ready”. Desde Novembro de 1980 no top de álbuns do Rock em Stock, era o 4.º lugar no top de 14 de Fevereiro de 1981, dia em que os Blues Band actuaram em Portugal.
1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981
“Somebody got murdered”, canção escrita para a banda sonora do filme “Cruising” (“A Caça”, 1980), mas que nunca a integrou, porque o convite aos Clash para contribuir para a banda sonora do filme acabou por não se concretizar. A canção, da autoria de Mick Jones, acabou no álbum “Sandinista!”.
O triplo álbum “Sandinista!” era o 1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981.
3.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981
“The Misunderstanding”, do álbum “Organisation”, dos OMD, que era o 3.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981, depois de já ter sido n.º 1.
20.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981
“Poppies in the field”, do álbum de estreia dos Teardrop Explodes, “Killimanjaro”, que era o 20.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981.
6.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981
Os franceses Taxi-Girl, em “V2 sur mes souvenirs”, referência aos mísseis “V2”, lançados pelos alemães durante a segunda guerra mundial, parte deles sobre França. A canção termina com as sirenes de alerta de bombardeamento. Daniel Darc, o vocalista da banda, vinha de uma família judia. Nasceu em 1959, mas parte da sua família (incluindo a sua avó) tinha sido deportada e morrido em 1942 às mãos dos alemães, durante a Segunda Guerra Mundial.
“V2” foi mais um caso de um lado B que vingou no top de singles do Rock em Stock (era o lado B do EP “Cherchez le Garçon”). Era o 6.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981.
5.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981
“Respectable Street”, do álbum “Black Sea”, dos XTC, que era o 5.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981, depois de já ter sido n.º 1.
18.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981
“Master Blaster (Jammin’)”, tributo de Stevie Wonder a Bob Marley (com cancro e morte anunciada, que aconteceu em Maio de 1981). Era o 18.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 14 de Fevereiro de 1981. Já tinha sido n.º 1 no (extinto) top de bandas de ska e reggae, em Dezembro de 1980 e Janeiro de 1981.
“Come on in”, do álbum de estreia dos Blues Band, “Official Bootleg Album”, de 1980, que chegou ao 9.º lugar do top de álbuns do Rock em Stock em Junho de 1980.
Com concertos no dia 13 no Porto e dia 14 em Lisboa (Coliseu), os britânicos Blues Band actuaram em Portugal em Fevereiro de 1981, quando o segundo álbum da banda, “Ready”, se encontrava nos lugares cimeiros do top do Rock em Stock.
24.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981
“Food for Thought”, a canção mais conhecida do álbum de estreia dos UB40, “Signing Off”, que era o 24.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981, depois de ter sido n.º 1 do (extinto) top de bandas de ska e reggae.
27.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981
“Baggy trousers”, do segundo álbum dos Madness, “Absolutely”, que era o 27.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981, depois de ter sido n.º 1 do (extinto) top de bandas de ska e reggae em 1, 8, 15, 22 e 29 de Novembro e 13 de Dezembro de 1980 e em 3, 17 e 24 de Janeiro de 1981.
28.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981
“Hey little rich girl”, do segundo álbum dos Specials, “More Specials”, que era o 28.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981.
“Waltzinblack”, a bizarra valsa com que abre o álbum “Meninblack” (“The Gospel According to the Meninblack”), dos Stranglers, e que é, tradicionalmente, a canção que é posta a tocar na abertura dos concertos da banda (assim sucedeu, por exemplo, no último concerto dos Stranglers em Portugal, em 2020). A canção começou a ganhar forma ainda durante as sessões de gravação do álbum The Raven (1979), quando os Stranglers trabalhavam sobre a canção “Meninblack” (incluída nesse álbum).
Gravado e pronto a editar desde Agosto de 1980, o álbum “Meninblack”, dos Stranglers, ficou quase meio ano na gaveta, para ser editado - em Inglaterra - apenas em 9 de Fevereiro de 1981, depois de sair a sentença do Tribunal de Nice que manteve os Stranglers em liberdade, no processo criminal relativo aos acontecimentos ocorridos num concerto da banda na Universidade de Nice, em Junho de 1980. Os Stranglers iniciaram a digressão de “Meninblack”, no Reino Unido, em 9 de Fevereiro de 1981.
Os Stranglers ocupavam o 14.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981.
20.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981
“Dallas 1pm”, do terceiro álbum dos britânicos Saxon, “Strong arm of the law”, que era o 20.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981.
6.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981
“Move on up” – versão de uma canção de 1970 de Curtis Mayfield –, primeiro single do segundo álbum dos Flying Lizards, “Fourth Wall”, editado em 1981 (a versão do álbum é maior). O single, que era o 6.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981, tinha, no lado B, a canção “Portugal”.
1.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981
“Bang! That's another bomb on another town / While the Tsar and Jim have tea / If I get home, live to tell the tale / I'll run for all presidencies / If I get elected / I'll stop the cavalry”. "Stop the Cavalry", a canção de protesto, anti-guerra, ficou para a história como uma canção de Natal, desde que a editora aproveitou uma passagem da letra da canção – “Wish I was at home for Christmas” – para a promover como tal. Entre Dezembro de 1980 e Janeiro de 1981, “Stop the cavalry” permaneceu mais de um mês no 3.º lugar do top britânico. E, periodicamente, pela altura do Natal, reentra no top britânico, como sucedeu, por exemplo, em 2020, 40 anos depois da edição original.
“Stop the cavalry” entrou no top de singles do Rock em Stock em Dezembro de 1980 e chegou ao 1.º lugar no top 7 de Fevereiro de 1981.
♫Excertos da emissão do Rock em Stock de 10 de Fevereiro de 1981 (duração: 22min)♫
Excertos de emissão do Rock em Stock que vem datada de 10 de Fevereiro de 1981. Em estéreo, mas sem locução, porque a pessoa que fez a gravação queria gravar só a música, sem a voz de Luís Filipe Barros a falar entre as canções.
Inclui Talking Heads, Look, Joe Jackson, Clash e AC/DC.
5.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981
A irreconhecível versão dos Blues Band, da canção “Maggie’s Farm”, de Bob Dylan, com ligeira adaptação da letra e, neste caso, a “Maggie” era a então primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher (outras bandas haveriam de se referir a Margaret Thatcher como “Maggie”, como os Pink Floyd: “Maggie, what have we done? / What have we done to England?»). Em “Maggie’s Farm”, Bob Dylan canta sempre “I ain't gonna work on Maggie's farm no more”; os Blues Band terminam a canção com “We ain't gonna work on Maggie's farm no more”.
Há também uma menção à odiada “S.P.G.” (também referida por outras bandas como, por exemplo, os Professionals de Paul Cook e Steve Jones). Onde Bob Dylan cantava “The National Guard stands around his door”, os Blues Band cantavam “The S.P.G. stand around his door”. A S.P.G. era a “Special Patrol Group”, uma unidade policial crescentemente usada para vigiar e controlar manifestantes e protestos. Em 1979, Blair Peach tinha sido morto por uma bala na cabeça, durante uma manifestação da “Anti-Nazi League”; o relatório interno da polícia, só dado a conhecer muito mais tarde, em 2010, confirmou o que já se sabia, mas era oficialmente negado: o disparo tinha vindo da S.P.G.
“Maggie’s Farm”, editada inicialmente em single, não foi incluída na primeira impressão do álbum “Ready”, mas foi incluída nas edições seguintes.
O álbum “Ready” era o 5.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981, na semana em que os Blues Band actuaram em Portugal.
1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981
“Police on my back”, canção dos Equals (de Eddy Grant) dos anos 60, na versão dos Clash, incluída no triplo álbum “Sandinista!”, que era o 1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981.
Os Clash estavam de regresso ao 1.º lugar no top do Rock em Stock. E com grande destaque. A gravação da chegada do álbum “Sandinista!” ao 1.º lugar, em 7 de Fevereiro de 1981:
♫Emissão do Rock em Stock de 7/2/1981 – Top de álbuns – Clash, “Sandinista”, 1.º lugar (duração: 8min)♫
10.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981
“Heavy Revolution”, do álbum “Power Supply”, dos Budgie, editado em Inglaterra em Outubro de 1980. Entre os trinta primeiros do top de álbuns do Rock em Stock desde Novembro de 1980, era o 10.º lugar no top de 7 de Fevereiro de 1981.
18.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981
“Credit in the straight world”, do álbum “Colossal Youth”, dos Young Marble Giants, que era o 18.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981.
♫Emissão do Rock em Stock de 7/2/1981 – Top de singles (duração: 49min)♫
Gravação do desfile do top de 20 singles do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981.
♫Top de álbuns do Rock em Stock de 7/2/1981 (do 30.º ao 21.º lugar) (reconstituição) (duração: 27min)♫
Top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981, do 30.º para o 21.º lugar.
♫Emissão do Rock em Stock de 7/2/1981 – Top de álbuns (duração: 57min)♫
Gravação do desfile do top de 20 álbuns do Rock em Stock de 7 de Fevereiro de 1981.
Gravação quase completa das duas horas da emissão do Rock em Stock de sábado, 7 de Fevereiro de 1981, reservada à apresentação dos tops de singles (1.ª hora) e de álbuns (2.ª hora). A gravação estava distribuída por quatro cassetes, com os inevitáveis cortes nas mudanças de cassete, que corrigimos como possível, completando as partes em falta.
Além de Luís Filipe Barros, a equipa responsável por esta emissão era composta por Ricardo Camacho, Jorge Fallorca, Mário Crisóstomo e Vítor Pombal.
A emissão começa com os Foghat, com o tema “Loose Ends”, e termina com aquele que iria ser o “Power Play” da semana seguinte, “Don’t Shoot”, canção de Aníbal Miranda que tinha, como banda de suporte, Rui Veloso e a sua Banda Sonora.
Cada um dos tops era, como habitualmente, antecedido do indicativo do top do Rock em Stock, que era o tema “Bier Fest Polka”, de Henry Mancini, misturado com aplausos e som de telefone a tocar e de alguém a falar ao telefone, numa alusão ao principal meio usado para a votação nos tops do Rock em Stock (os telefonemas).
Este top de álbuns foi, em termos de apresentação, um top atípico, com duas situações inéditas: um dos álbuns foi apresentado, mas sem a correspondente canção (o “Berros” ter-se-á esquecido do disco em casa?) e houve um grande destaque para o 1.º lugar, que foi brindado com quatro músicas em vez de uma, numa espécie de “medley” iniciando e terminando na mesma canção.
Os dois álbuns sorteados semanalmente calharam a José Ferreira Correia, Rua Infante D. Henrique, 114, Almeirim e o modelador de luzes psicadélicas calhou a José Manuel da Costa, Rua Frei Silvestre, n.º 8, 1.º esq., Almada.
Apesar de o Rock em Stock ser transmitido na Rádio Comercial – uma rádio com publicidade – e da enorme popularidade que os tops do Rock em Stock tinham atingido, foi sempre ponto de honra a apresentação dos tops sem qualquer interrupção para publicidade. Embora isso não se tenha alterado até ao fim dos tops em 1982, ocasionalmente, e a partir de 1981, havia algum anúncio durante a apresentação do top, dito pelo próprio Luís Filipe Barros. Nesta emissão, Luís Filipe Barros faz, por uma vez, publicidade ao número especial do 4.º aniversário da revista “Música & Som” e, por duas vezes, ao Rock Rendez-Vous, inaugurado dois meses antes, que tinha “música todos os dias a partir das 22 horas” e no qual iam actuar, no dia seguinte (8 de Fevereiro), às 23:30h, os Street Kids.
Durante a apresentação dos tops, eram, habitualmente, divulgados eventos e concertos para esse fim-de-semana. Essa parte desta emissão («os sempre em festa», como lhe chamou o “Berros”) não foi gravada. Mas, durante a emissão, ouvem-se referências a alguns concertos que iam ocorrer na noite daquele sábado, 7 de Fevereiro de 1981: dos Clã (outros Clã, não os actuais, naturalmente), às 22h no Cine-Teatro da Lousã; dos Arte & Ofício, no Entroncamento; e dos Roxigénio, às 21:30h em Leiria. Há também uma referência aos concertos dos britânicos Blues Band em Portugal, no fim-de-semana seguinte, além do já mencionado concerto dos Street Kids no dia 8 de Fevereiro de 1981 no Rock Rendez-Vous.
Para terminar, algumas notas sobre o que é dito por Luís Filipe Barros ao longo da emissão:
- O álbum “Organisation” foi n.º 1 apenas uma semana (e não duas).
- Luís Filipe Barros diz que se estava a formar, no Porto, uma banda chamada Pontapés de Baliza (banda de Aníbal Miranda), a propósito do que refere os Xutos & Pontapés (então ainda sem nenhum disco editado).
- Anuncia-se o fim dos Speeds, banda que ainda poucas semanas antes tinha actuado no Rock Rendez-Vous.
- O single de estreia dos Gist, após o fim dos Young Marble Giants, era o single “This is Love”, que seria estreado pouco tempo depois no Rock em Stock.
- O livro que o baterista dos Stranglers, Jet Black, estava a escrever sobre os acontecimentos na Universidade de Nice em Junho de 1980 foi editado mais tarde nesse ano de 1981 e intitula-se “Much Ado About Nothing”. A sentença do Tribunal de Nice que manteve os Stranglers em liberdade saiu em Janeiro de 1981.
- Foi também em Janeiro de 1981 a sentença do Tribunal Cambridge que condenou Jerry Dammers e Terry Hall (dos Specials) numa multa, por um controverso “incitamento à violência”, num concerto realizado pela banda naquela cidade inglesa em Outubro de 1980, no qual pessoas da assistência se envolveram numa batalha campal com os seguranças, apesar dos pedidos dos Specials para se parar a violência. A violência aconteceu várias vezes nos concertos da banda, que eram ocasionalmente frequentados por grupos de extrema direita, que não gostavam que os Specials fossem uma banda multirracial.
- Luís Filipe Barros diz já haver confirmação de que o álbum “From A To B”, dos New Musik, ia ser editado em Portugal «dentro de um mês», o que não se confirmou: o disco só seria editado em Portugal em 1982.
- Como refere Luís Filipe Barros, os Spandau Ballet, que não eram propriamente muito apreciados pela crítica, continuavam a não dar concertos, limitando-se a actuar em pequenas salas, em actuações mais ou menos secretas, exclusivas, promovidas pelo “passa-palavra”.
- Quanto à afirmação de que o single “Mr. Jones” tinha sido editado apenas nos EUA, nem sequer em Inglaterra, na verdade era ao contrário: o single só foi editado em Inglaterra, não nos EUA.
Nascido em Maio de 1979 como um top de 5 singles, o top de singles do Rock em Stock foi, em Novembro de 1979, alargado para 10 singles. Mais tarde, passaram a ser frequentemente divulgadas, antes do desfile do top propriamente dito, as posições do 11.º ao 15.º lugar, antecipando um previsível alargamento do top. Esse alargamento acabou por acontecer, finalmente, em Fevereiro de 1981, passando o top de 10 para 20 singles.
Este alargamento do top de singles coincidiu com o fim do top de bandas de ska e reggae. Este top tinha nascido em Maio de 1980 e durou, assim, apenas 9 meses, tendo conhecido a sua derradeira edição em 31 de Janeiro de 1981. Nove meses depois, os tops de singles e de álbuns podiam voltar a contar com bandas como Specials, Madness ou Dexys Midnight Runners.
O formato dos tops do Rock em Stock – agora dois tops 20, de singles e de álbuns – não se voltaria a alterar, até ao fim dos tops, um ano depois.
A votação – agora em 5 álbuns e 5 singles – era feita por telefonemas para o programa, à 3.ª e 6.ª feira, das 17h às 18h, ou por postais enviados para a Rádio Comercial, situada na Rua Sampaio e Pina, n.º 26, em Lisboa.
O desfile dos dois tops era ao sábado. O de singles entre as 17h e as 18h. E o de álbuns entre as 18h e as 19h.
Todos os sábados, eram sorteados, entre os votantes, dois álbuns, bem como um modelador de luzes psicadélicas. Para quem vivia na região de Lisboa, os álbuns eram levantados na Rádio Comercial e o modelador era levantado na loja Triudus, no Centro Comercial do Rossio (CC Terminal). Para os outros, iam pelo correio.
♫Emissão da Mão na Música de 7/2/1981 (excerto, 4min)♫
Desde 11 de Outubro de 1980, o programa que, aos sábados, na Rádio Comercial, antecedia o Rock em Stock, era a “Mão na Música”, de António Macedo. O programa passou a ocupar um horário que até aí era do Rock em Stock. Em vez das 15h às 19h, o horário do Rock em Stock passou a ser, ao sábado, das 17h às 19h e a Mão na Música ia para o ar entre as 15h e as 17h. Na véspera (6.ª feira), era frequente António Macedo ir ao Rock em Stock falar, por breves instantes, sobre como ia ser a Mão na Música do dia seguinte. António Macedo era, ao que parece, um fã do Rock em Stock.
Numa parte da emissão semanal da Mão na Música, António Macedo apresentava os discos que tinham sido editados em Portugal nessa semana. Este pequeno excerto da emissão da Mão na Música de sábado, 7 de Fevereiro de 1981, é dessa parte do programa. Nele aparecem quatro singles que tinham acabado de ser editados em Portugal. Num país onde a regra era os discos serem editados com muito atraso – isto quando chegavam a ser editados –, só em Fevereiro de 1981 é que foram editados “Do you remember rock’n’roll radio”, dos Ramones (single editado em Inglaterra 10 meses antes, em Abril de 1980) e “You’ll always find me in the kitchen at parties”, de Jona Lewie (editado em Inglaterra 9 meses antes - Maio de 1980 - e que tinha andado pelo top do Rock em Stock desde Junho). Outros dois singles, mais recentes, são mencionados: “Don’t shoot”, de Aníbal Miranda e “Back in Black”, dos AC/DC (editado em Inglaterra cerca de mês e meio antes).
20.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981
“You really got me”, dos Kinks, na versão do álbum ao vivo “One for the road”, que era o 20.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981.
3.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981
“I lost my mind” ou “To cut a long story short”, o single de estreia dos Spandau Ballet. Editado em Inglaterra em Novembro de 1980, entrou nos 15 primeiros do top de singles do Rock em Stock ainda em Novembro de 1980 e era o 3.º lugar no top de 31 de Janeiro de 1981. O single chegou ao 5.º lugar do top britânico.
“To cut a long story short” é uma das canções que integra a colectânea comemorativa do 20.º aniversário do Rock em Stock, editada em 1999 (com a indicação errada, no libreto do disco, de ter sido 1.º lugar no top do Rock em Stock em Novembro de 1980).
15.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981
«Point the camera at the baby / Shoot the mother giving birth / Watch the blood run down the table / Close-up to the after-birth / Newsreel». A paródia de Fad Gadget a um tipo de jornalismo televisivo que, 40 anos depois, continua a existir. Do álbum “Fireside Favourites”, o álbum de estreia de Fad Gadget, que era o 15.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981.
4.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981
“Hitsville U.K.”, canção cantada em dueto por Mick Jones com Ellen Foley e em que participa também Norman Watt-Roy dos Blockheads (em vez do baixista dos Clash, Paul Simonon), do triplo álbum “Sandinista!”, dos Clash. A canção foi também lançada em single, em Janeiro de 1981.
Pela terceira vez - depois das suas colaborações com Meat Loaf e com Ian Hunter, que subiram, respectivamente, ao 2.º e ao 5.º lugar do top de álbuns -, Ellen Foley surgia em destaque no top do Rock em Stock.
O triplo álbum “Sandinista!” era o 4.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981.
“Hitsville UK” surge como uma homenagem à música alternativa emergente, das pequenas editoras, havendo, na canção, uma alusão a quatro delas, a Factory (Joy Division, Durutti Column, OMD, A Certain Ratio, etc.), a Small Wonder (Cure, Bauhaus, Punilux, etc.), a Fast Product (Gang of Four, Human League, Dead Kennedys, etc.) e a Rough Trade (Feelies, The Fall, Killing Joke, Spizzenergi, Flying Lizards, Young Marble Giants, Stiff Little Fingers, Scritti Politti, Fad Gadget, etc.).
“They say true talent / Will always emerge in time / When lightening hits small wonder / It's fast rough factory trade / No expense accounts / Or lunch discounts / Or hypeing up the charts / The band went in / And knocked 'em dead / In two minutes fifty-nine / I know the boy was all alone / Till the Hitsville hit UK”.
19.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981
“We gotta get out of here”, Ian Hunter em dueto com Ellen Foley, do duplo álbum “Welcome to the Club”. Tratava-se de um álbum integralmente gravado ao vivo, mas com a particularidade de três das canções – entre as quais “We gotta get out of here” – serem novas e terem sido gravadas ao vivo num estúdio em Nova Iorque, sem público.
No top do Rock em Stock desde 16 de Agosto de 1980, o álbum “Welcome to the club” era o 19.º lugar no top de 31 de Janeiro de 1981.
18.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981
“Breaking the Law”, um dos grandes clássicos dos Judas Priest. Do álbum “British Steel”, que era o 18.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981.
♫Parte de emissão do Rock em Stock da primeira semana de Fevereiro de 1981 (duração: 25min)♫
Excertos de emissão do Rock em Stock que será da primeira semana de Fevereiro de 1981. Em estéreo, mas sem locução, porque a pessoa que fez a gravação queria gravar só a música, sem a voz de Luís Filipe Barros a falar entre as canções.
Inclui U2, Sex Pistols, Clash, Budgie, Boomtown Rats, Adam & The Ants e, em destaque - já que a banda ia dar dois concertos em Portugal alguns dias depois -, Blues Band.
8.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981
“Sueperman’s Big Sister” (“sueperman” e não “superman”, por questões de direitos de autor da personagem "super-homem"), single retirado do terceiro álbum de Ian Dury com os Blockheads de Mickey Gallagher (à época também envolvido com os Clash) e Davey Payne, agora também com Wilko Johnson na guitarra (após o fim dos Solid Senders). O álbum, intitulado “Laughter”, foi editado no final de Novembro de 1980 e não foi bem recebido.
“Sueperman’s Big Sister” era o 8.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981.
1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981
“Enola Gay”, a alusão ao nome do avião do qual foi largada, sobre a cidade de Hiroshima, a primeira bomba atómica, em Agosto de 1945 (“Enola Gay / You should have stayed at home yesterday”). Foi o único single retirado do segundo álbum dos Orchestral Manoeuvres In The Dark, “Organisation”, editado, tal como o primeiro, em 1980. O álbum chegou ao 6.º lugar no top britânico e o single ao 8.º lugar. Foi o primeiro single dos OMD a entrar no top 10.
No top do Rock em Stock, foi o segundo n.º 1 para os Orchestral Manoeuvres In The Dark. Depois do 1.º lugar de “Electricity” em Abril e Maio de 1980, os OMD regressaram ao 1.º lugar do top do Rock em Stock em Janeiro de 1981, desta feita no top de álbuns. O álbum “Organisation” teve uma das entradas mais altas da história do top – entrou para o 7.º lugar em 17 de Janeiro de 1981 – e duas semanas depois subiu ao 1.º lugar.
A canção “Enola Gay”, que, tal como “Electricity”, não tinha refrão, integra a colectânea comemorativa do 20.º aniversário do Rock em Stock, editada em 1999 (quanto a “Electricity”, integra a colectânea “Rock em Stock 2”, editada no ano seguinte).
3.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981
“Hells Bells”, mais uma das canções históricas do álbum “Back in Black”, dos AC/DC, e de toda a carreira da banda. O título do álbum era uma alusão ao luto da banda pela morte do seu vocalista, Bon Scott, em Fevereiro de 1980, e, nesse contexto, “Hells Bells”, canção de tributo a Bon Scott com que abre o álbum, inicia-se com o som fúnebre de um sino (um enorme sino, cujo som não foi nada fácil gravar).
O álbum “Back in Black” era o 3.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981, após mais de seis meses de permanência no top e já com mais de quatro meses consecutivos entre os primeiros cinco lugares.
1.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981
“Mr. Jones”, dos Psychedelic Furs, single editado apenas em Inglaterra. Apesar de, mais tarde, se ter tornado uma das canções mais populares nos concertos dos Psychedelic Furs, o single não teve sucesso algum, a não ser em Portugal, no Rock em Stock, onde foi um dos singles verdadeiramente históricos do programa. Editado em Inglaterra no último dia de Outubro de 1980, entrou em Novembro no top de singles do Rock em Stock (6.º lugar) e na semana seguinte já estava no 2.º lugar. Chegou ao 1.º lugar em 10 de Janeiro de 1981 e ainda se mantinha no 1.º lugar em 31 de Janeiro, quando completava quatro semanas consecutivas no n.º 1.
“Movie stars and ads / And radio define romance / Don't turn it on / I don't want to dance”. A canção põe em causa a ideia de “romance”, de “amor”, tal como é definida pelo cinema, pela música, pela publicidade, pela rádio…, tal como explicou o vocalista Richard Butler 40 anos depois, em 2020: «A canção basicamente diz que a publicidade, a rádio, a música Pop vende-nos uma ideia do que seja o amor e do que o amor deveria ser, dificilmente concretizável no mundo real. É basicamente uma crítica a isso. As estrelas de cinema e os anúncios definem o romance, não é assim?».
O “Mr. Jones” e a “Mrs. Jones” da canção são as pessoas comuns. O nome poderia ser outro. A escolha recaiu sobre Mr. Jones – explica Richard Butler – em homenagem a Bob Dylan e a David Bowie, de quem Richard Butler era grande fã (Bob Dylan mencionava “Mr. Jones” em “Ballad of a Thin Man”: “Something is happening here / But you don't know what it is / Do you, Mr. Jones?”); e o verdadeiro nome de David Bowie era David Jones).
1.º lugar no top de bandas de ska e reggae do Rock em Stock de 6 e 20 de Dezembro de 1980 e de 31 de Janeiro de 1981
“Tyler”, a canção dos UB40 sobre Gary Tyler, o negro norte-americano de 16 anos que, no estado norte-americano de Louisiana, foi condenado pela morte de uma criança branca de 13 anos (durante um ataque de cerca de 200 estudantes brancos a um autocarro com crianças negras dentro, que vinham da escola, entre as quais Tyler), num julgamento muito controverso, decidido num ambiente de conflito racista, por um júri de doze brancos (“Tyler is guilty the white judge has said so”), num processo repleto de falhas e irregularidades graves, provas insuficientes e até provas fabricadas, como a “arma do crime” (“Police gun was planted / No matching bullets / No prints on the handle, no proof to show”), o que levou várias organizações de direitos humanos, entre as quais a Amnistia Internacional, a considerar o julgamento injusto. Quase 20 anos depois, em 1994, a Amnistia Internacional continuava a considerar Gary Tyler um preso político. Apesar de toda a controvérsia, apesar de o tribunal de recurso ter, em 1981, decidido que Tyler não teve um julgamento justo (mas recusando, ainda assim, um novo julgamento), apesar de todas as tentativas para obter a sua libertação, incluindo vários apelos aos governadores do Lousiana (“Appeal to the governor of Louisiana / You may get an answer the process is slow / Federal government too much to help him / It's been nearly five years / And they won't let him go”), só em 2016 é que Tyler foi finalmente libertado, aos 58 anos de vida. Tinha sido condenado à morte; livrou-o da cadeira eléctrica uma decisão do Supremo Tribunal dos EUA de 1976, que considerara inconstitucional a lei do Louisiana que previa a pena de morte.
“Testify under pressure, a racist jury / Government lawyers its all for show / With rows of white faces / False accusations / He's framed up for morder / They won't let him go / Tyler is guilty the white judge has said so / What right do we have to say it's not so”.
Além de “Tyler” dos UB40, outras canções foram escritas sobre Gary Tyler, a primeira das quais, dois anos antes dos UB40,“Angola, Louisiana”, de Gil Scott-Heron (“Injustice is not confined to Angola, Louisiana / It can walk right up in your livin' room / As long as it surrounds your home. / And I send love to brother Tyler, but after all is said and done / Angola, Louisiana, you're the one”) e a mais recente dos Chumbawamba, “Waiting for the bus”, editada em 2008 (“Waiting here the world has turned a thousand times or more / Stranded like the man who never knew they'd stopped the war / Waiting for the pardon but the pardon never comes / I'm just waiting for the bus to take me home”). Também em 2008, os UB40 voltaram a cantar sobre Gary Tyler, na canção“Rainbow Nation” («No one else but Tyler / Knows exactly what he's missed / He's a man that's disappearance / Is slowly ceasing to exist / And the only contribution / That he has left to give / Is the simple tragic story / Of the life he's never lived»).
“Tyler” é a canção com que abre o álbum “Signing Off”, o aclamado álbum de estreia dos UB40, que entrou no top de bandas de ska e reggae do Rock em Stock em 11 de Outubro de 1980, permaneceu entre os quatro primeiros do top entre 15 de Novembro de 1980 e 6 de Fevereiro de 1981 e foi n.º 1 três vezes, em 6 e 20 de Dezembro de 1980 e em 31 de Janeiro de 1981, para além de cinco semanas no 2.º lugar.
20.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981
O velho clássico dos Kinks, “Stop your sobbing”, na versão do álbum “One for the Road”, que era o 20.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Janeiro de 1981.