Talking Heads - Memories can't wait


1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Outubro de 1979

“Fear of music”, o aclamado terceiro album dos Talking Heads, que chegou ao 1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock em 31 de Outubro de 1979.

Yachts - Box 202


14.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Outubro de 1979

“Box 202”, do álbum de estreia dos Yachts (“Yachts”, 1979), 14.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 31 de Outubro de 1979.

Monks – Johnny B. Rotten


“Johnny B. Rotten”, dos Monks (eram “Mugs”, mas ficaram Monks por erro de impressão do primeiro disco), foi editado em Outubro de 1979 e foi o 3.º single retirado do álbum de estreia - “Bad habits”, 1979 - desta banda inglesa que teve curta e atribulada vida.

Os Monks tinham-se estreado com o single “Nice legs shame about her face”, que atingiu o 19.º lugar no top britânico em Maio de 1979 (o single andou também pelo top de singles do Rock em Stock entre Maio e Junho de 1979).

Depois de John Lydon, líder dos PIL e ex-vocalista dos Sex Pistols, também conhecido como Johnny Rotten, ter rotulado os Monks de lixo e de imitação barata dos Sex Pistols, veio a descobrir-se a identidade dos membros da banda: três dos seus quatro membros tinham sido membros de uma banda de rock/folk progressivo chamada Strawbs, nos antípodas do punk rock. O movimento punk passou a olhá-los como oportunistas e os Monks nunca mais conseguiram ter sucesso em Inglaterra.

Em Inglaterra e em mais lado nenhum. Excepto no Canadá. Alheios a estas controvérsias, os canadianos olharam mais para a música e menos para os seus autores.

Seria preciso esperar pelo Verão de 1980. Em Junho de 1980, o álbum “Bad habits” entrou inesperadamente no top 100 canadiano (em 100.º lugar) e começou a cavalgar o top, sempre a subir, lentamente, e três meses depois, em Setembro, estava no 3.º lugar. No total, o álbum permaneceu uns extraordinários 8 meses no top (entre Junho de 1980 e Fevereiro de 1981), dos quais 5 meses entre os vinte primeiros e 3 meses entre os dez primeiros. Era já duplo platina em 1981. Os Monks acabaram por fazer uma digressão no Canadá, com fãs à espera no aeroporto e concertos esgotados.

Na segunda década do século XXI, os Monks continuam a vender o álbum “Bad habits” no Canadá, onde entretanto foi reeditado em CD nos anos 90. E mais de 30 anos depois, em 2012, foi gravado nesse país um disco de tributo à banda, que consistiu nas canções do álbum “Bad habits” tocadas por outras bandas.

A canção de abertura do álbum “Bad habits”, “Johnny B. Rotten” (“The fans go wild / they really get out of hand / They have to touch me 'cos my record's been banned / They think I'm crazy so I tell them, «I am!» / (…) I'm something else in the clothes I wear / The papers quote me when I swear / It's all a lie, but I don't care”), foi incluída no álbum comemorativo do 1.º aniversário do Rock em Stock, editado em Abril de 1980.

U2 – Out of control

Em Março de 1978, poucos dias antes de mudarem o nome para U2, os então denominados Hype tinham-se estreado na televisão irlandesa, tocando uma canção de nome “Street mission” (a actuação pode ser vista aqui). Nesse mês, ganhariam um concurso de bandas irlandesas, com direito a serem ouvidos por uma grande editora, mas seria preciso esperar pelo ano seguinte para a estreia discográfica, que aconteceu em Setembro de 1979, com o lançamento, na Irlanda, do EP “Three” (também conhecido por “U2-3”), que incluía no lado B uma primeira versão de “Stories for boys” (canção que teria uma segunda versão, editada em Dezembro de 1979, num disco colectivo de novos grupos irlandeses, intitulado “Just for kicks”; na sua terceira e definitiva versão, a canção viria a ter grande sucesso no Rock em Stock) e tinha como lado A esta versão inicial de “Out of control”.

 

A 1.ª edição esgotou e o disco entrou no top irlandês de singles em 29 de Outubro de 1979, onde permaneceu duas semanas, chegando ao 19.º lugar. Apesar deste início auspicioso, os U2 não voltariam aos tops de vendas antes do Verão de 1981.

 

“Out of control” continua a ser tocada ao vivo pelos U2 e a ser recordada por Bono, nos concertos, como “a canção com que tudo começou”.

 

Em Portugal, os U2 seriam descobertos (e divulgados) por Ricardo Camacho e Luís Filipe Barros, no Rock em Stock.

Cheap Trick – Surrender (live)

1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock
em 15 e 19 de Setembro e em 13, 17, 20, 24 e 27 de Outubro de 1979

O sucesso dos norte-americanos Cheap Trick no Japão levou-os a viajar para Tóquio para tocar no Budokan, em Abril de 1978. O álbum ao vivo “At Budokan”, gravado nessa ocasião, foi planeado para ser editado apenas no Japão, o que aconteceu em Outubro de 1978.

Inesperadamente - ou talvez não tanto (um disco promocional, com algumas das músicas do álbum, foi distribuído nos EUA ainda em 1978) -, dezenas de milhares de cópias importadas do Japão foram vendidas noutros países, sobretudo nos EUA, e algumas edições não oficiais apareceram na Europa. O disco acabou, por isso, por ser editado nos EUA e em Inglaterra em Fevereiro de 1979 e depois no resto do mundo, para se tornar o álbum mais vendido da carreira dos Cheap Trick.

O disco entrou nos tops britânico e norte-americano logo na semana em que foi editado, em Fevereiro de 1979. Contrastando com a curta passagem de um mês e tal pelo top britânico (ainda assim, o melhor que alguma vez os Cheap Trick aí conseguiram até hoje), onde o álbum chegou ao 29.º lugar em Março, o sucesso foi considerável noutros países. Por exemplo, nos EUA, o álbum manteve-se durante um ano inteiro no top 200 (entre Fevereiro de 1979 e Fevereiro de 1980), incluindo três meses seguidos entre os dez mais e dois meses entre os cinco mais, tendo-se mantido no 4.º lugar durante algumas semanas entre Julho e Agosto de 1979, e foi um dos 20 álbuns mais vendidos do ano nos EUA. No Canadá, manteve-se durante um ano inteiro no top 100 (entre Março de 1979 e Março de 1980), incluindo três meses e meio entre os 10 mais e três meses entre os cinco mais, atingindo o 1.º lugar em Agosto de 1979. Na Holanda, permaneceu cinco meses no top 50 (entre Abril e Setembro de 1979) e ocupou o 2.º lugar durante todo o mês de Maio. Na Nova Zelândia, esteve sete meses no top 50 (entre Maio e Dezembro de 1979), alcançando os dez mais em Novembro.

No top do Rock em Stock desde Maio, o álbum chegou, em 15 de Setembro, ao 1.º lugar, que manteve em 19 de Setembro e, após ser desalojado pelos Led Zeppelin entre 22 de Setembro e 10 de Outubro, regressou ao 1.º lugar em 13 de Outubro, aí se mantendo em 17, 20, 24 e 27 de Outubro. Foi um dos discos com maior longevidade no top - permaneceria no top até ao início de Março de 1980 - e foi um dos 10 mais votados da história do top de álbuns do Rock em Stock.

Tubeway Army – We have a technical


6.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 27 de Outubro de 1979

No top de álbuns do Rock em Stock desde 11 de Julho de 1979, o album “Replicas”, de Gary Numan e a sua banda Tubeway Army, era ainda 6.º lugar no top de 27 de Outubro.

O album “Replicas” permaneceu no top britânico de álbuns entre Junho de 1979 e Janeiro de 1980, chegou ao 1.º lugar e foi um dos 20 álbuns mais vendidos do ano (acompanhando o enorme sucesso do single, retirado do album, “Are friends electric?”, que esteve um mês no 1.º lugar no top britânico de singles, foi o 4.º mais vendido do ano e figura entre os 100 singles mais vendidos dos anos 70).

Devo – Red eye


Os Devo, uma das bandas de culto dos primeiros tempos do Rock em Stock, nunca actuaram em Portugal, para grande desalento dos inúmeros fãs portugueses. Mas vieram a Portugal uma (única) vez, em Outubro de 1979, para promover o álbum “Duty now for the future” (de que faz parte este “Red eye”). O álbum, na verdade, já não precisava de promoção alguma em Portugal, onde tinha sido amplamente divulgado durante todo o Verão, quer por Luís Filipe Barros no Rock em Stock, quer por António Sérgio no Rotação (Rádio Renascença). O álbum teve mesmo uma entrada fulgurante para o 2.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock, marca que nenhum outro álbum voltaria a superar ou sequer igualar no top.

A vinda dos Devo a Portugal acabou, por isso, por se tornar numa impressionante manifestação de fãs. A concentração de milhares de fãs junto à Rádio Comercial, na Rua Sampaio e Pina, em Lisboa, para ver os Devo, é facto recorrentemente recordado em entrevistas por Luís Filipe de Barros, como um dos episódios assinaláveis da história do Rock em Stock.

Na sua vinda a Portugal, os Devo só aceitaram conceder duas entrevistas: uma no programa Rock em Stock (onde ocorreu aquela inédita enchente de fãs) e a outra no programa nocturno Rotação (de António Sérgio, da Rádio Renascença).

Cheap Trick – I want you to want me (live)

1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 24 de Outubro de 1979

Os japoneses e um desconhecido cantor francês ajudam a explicar como é que o flop da versão de estúdio de “I want you to want me” se transformou, na versão ao vivo gravada no Budokan, num dos maiores hits dos anos da new wave e na mais bem-sucedida e famosa canção dos Cheap Trick.

A história da canção não começou bem. Foi escrita para o 1.º álbum dos Cheap Trick (1977), mas acabaria por ser deixada de fora. Saiu no 2.º álbum (1977) e foi até editada em single (1977), mas foi um fracasso em todo o lado... excepto no Japão. De tal forma que, em 1978, os Cheap Trick já a tinham excluído do alinhamento dos concertos. E só decidiram tocá-la no Budokan devido ao sucesso que a canção tinha tido no Japão. A diferente versão que os Cheap Trick tocaram ao vivo no Budokan foi, por seu turno, em parte inspirada na versão da canção que um desconhecido cantor francês de nome Niko Flynn tinha entretanto editado em França.

Na sequência do inesperado sucesso do álbum “At Budokan” fora do Japão, a versão ao vivo de “I want you to want me”, gravada no Budokan, acabaria por ser editada em single em Abril de 1979, com assinalável sucesso. Embora em Inglaterra não tenha passado do 29.º lugar em Junho desse ano (o que, ainda assim, foi o melhor que os Cheap Trick aí conseguiram até hoje), o single teve algumas prestações históricas, nomeadamente longas permanências nos tops, que não são usuais para singles. Por exemplo, nos EUA, onde atingiu o 7.º lugar em Julho, manteve-se 4 meses no top de singles (entre Abril e Agosto; foi um dos 40 singles mais vendidos de 1979). No Canadá, manteve-se durante meio ano no top, incluindo duas semanas no 2.º lugar em Agosto. Na Alemanha, onde atingiu o 18.º lugar (em Setembro e Outubro), também permaneceu meio ano no top (entre Agosto de 1979 e Fevereiro de 1980). Na Holanda, esteve no 1.º lugar durante grande parte do mês de Maio e manteve-se três meses no top (entre Abril e Julho). Na Bélgica, também esteve no 1.º lugar duas semanas em Maio e Junho e três meses no top. Na Nova Zelândia, também três meses, chegando ao 23.º em Outubro. Etc.

Em uma ou outra entrevista mais recente, Luís Filipe Barros citou “I want you to want me” como uma das canções emblemáticas dos primeiros tempos do Rock em Stock. A canção – que faria parte da colectânea comemorativa do 20.º aniversário do Rock em Stock, editada em 1999 – ajuda a explicar o enorme sucesso que o álbum “At Budokan” teve no top do Rock em Stock. Era ainda 1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 24 de Outubro de 1979.

Lene Lovich – Bird song


4.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 24 de Outubro de 1979

Lene Lovich foi uma das estrelas dos primeiros tempos do Rock em Stock - e haveria mesmo de ser ela a fazer, em 1980, o concerto comemorativo do 1.º aniversário do programa. “Bird song”, um dos clássicos de Lene Lovich, editado em single em Inglaterra, pela Stiff, em 28 de Setembro de 1979, foi um dos discos que mais rapidamente chegou ao top do Rock em Stock, tendo entrado no top de singles em 17 de Outubro, mesmo antes de entrar no top britânico (20 de Outubro). O single, editado antes do álbum “Flex”, permaneceu no top britânico entre Outubro e Dezembro de 1979, atingindo o 39.º lugar em 10 e 17 de Novembro. Na Holanda, chegou ao 30.º lugar em 10 de Novembro, mas não esteve mais de quatro semanas no top. No top de singles do Rock em Stock, “Bird song” era 4.º lugar em 24 de Outubro de 1979.

Joe Jackson - Happy loving couples


“Happy loving couples”, do album “Look sharp!”, de Joe Jackson.

Joy Division – Transmission



Foi em Outubro de 1979 que os Joy Division editaram pela primeira vez “Transmission”, em single, canção que ficou de fora dos dois álbuns da banda. O single seria reeditado em 1980 e em 1981.

Apesar do seu falhanço comercial quando foi lançado em 1979 (não chegou aos tops de vendas), “Transmission” foi um marco na curta carreira dos Joy Division. Como contaria mais tarde o baixista Peter Hook, os Joy Division tocaram-na pela primeira vez ao vivo poucos dias depois de a terem composto e, quando a tocaram, perante uma audiência não muito focada no concerto, toda a gente literalmente parou de fazer o que estava a fazer e virou-se para o palco para escutar, no que confessou ter sido um momento absolutamente arrepiante.

Cheap Trick - Ain’t that a shame (live)


1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 20 de Outubro de 1979

Reza a história que o clássico “Ain’t that a shame”, de Fats Domino (1955), foi a primeira música que John Lennon aprendeu a tocar. O próprio John Lennon editaria, em 1975, uma versão sua da canção. E foi ao ouvir a versão de John Lennon que os Cheap Trick tiveram a ideia de a tocar no concerto japonês de Budokan. E, de facto, as semelhanças entre a versão dos Cheap Trick e a de John Lennon são evidentes. Como curiosidade, na versão dos Cheap Trick - mais ou menos ao minuto 2:56 -, o guitarrista Rick Nielsen reproduz em guitarra os primeiros acordes da harmónica de John Lennon na canção dos Beatles “Please please me”.

Fats Domino haveria de confessar que a versão preferida da sua canção era a dos Cheap Trick e  ofereceu mesmo aos Cheap Trick o disco de ouro que tinha recebido em 1955 pelas vendas do seu single (os Cheap Trick exibem uma fotografia desse disco de ouro na sua página do Instagram).

A versão ao vivo de “Ain’t that a shame” dos Cheap Trick, do álbum “At Budokan”, foi também editada em single, no Verão de 1979, tendo chegado ao 10.º lugar no Canadá e ao 35.º nos EUA.

“At Budokan” era 1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock em 20 de Outubro de 1979.

Graham Parker & The Rumour – Nobody hurts you



“Nobody hurts you”, do album “Squeezing out sparks”, de 1979, de Graham Parker e os Rumour.

Squeeze – Up the junction


2.º lugar no top de singles do Rock em Stock de 20 de Outubro de 1979

Editado três meses depois de “Cool for cats”, o single “Up the junction” (também retirado do álbum “Cool for cats”) teve, em Inglaterra, um sucesso idêntico àquele: exactamente como “Cool for cats” (canção cantada por Chris Difford), “Up the junction” (canção cantada por Glenn Tilbrook, com letra de Chris Difford) manteve-se 11 semanas no top britânico, cinco das quais entre os 10 primeiros e chegou também ao 2.º lugar (ficando apenas atrás de Gary Numan). Também no top de singles do Rock em Stock o single chegou ao 2.º lugar, em 20 de Outubro de 1979, depois do estrondoso sucesso no top que tinha tido “Cool for cats”.

As palavras “up the junction” (“I’m really up the junction” significa algo como “estou lixado”) só surgem na última frase da canção, que foi escrita de uma só vez e não tem refrão. Esteve para ficar de fora do álbum “Cool for cats” e só por insistência da editora é que foi incluída.

Os Squeeze eram formados pelos seus dois vocalistas, guitarristas e compositores Glenn Tilbrook e Chris Difford, e ainda pelo brilhante teclista – hoje famoso – Jools Holland, pelo baixista Harri Kakoulli e pelo baterista Gilson Lavis.

Philip Rambow – Strange destinies


Um “talento desperdiçado”, é como por vezes é feita referência ao canadiano Philip Rambow. Descobriu-o Brian Eno, quando Philip Rambow, já em Inglaterra, estava integrado uma banda chamada Winkies. Pouco tempo depois, os Winkies já eram a banda de suporte na primeira digressão de Brian Eno, que acabou pouco depois de começar, interrompida pela hospitalização deste, mas foi suficiente para chamar a atenção das editoras. A banda conseguiu um contrato com a Chrysalis e editou um disco. O disco foi um fracasso, os Winkies acabaram e Philip Rambow iniciaria uma breve e pouco sucedida carreira a solo, cujo primeiro álbum, editado em Setembro de 1979, foi este “Shooting gallery”, que conheceu edição portuguesa ainda em 1979. A canção de abertura - “Strange destinies” - viria a fazer parte da colectânea comemorativa do 1.º aniversário do Rock em Stock, editada em 1980.

Yachts - Yachting type

18.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 17 de Outubro de 1979

Lançados pela Stiff, os ingleses Yachts formaram-se em 1977 e duraram até 1981. Em 1979, editaram o álbum de estreia (“Yachts”), gravado em Nova Iorque, e que nos EUA foi editado sob o nome “S.O.S.”. Foi precisamente nos EUA a única presença da banda nos tops de vendas: o álbum de estreia entrou no top norte-americano em 20 de Outubro de 1979 e aí permaneceu três semanas, mas sem ultrapassar o 179.º lugar. Divulgado em Portugal por António Sérgio (no Rotação) e por Luís Filipe Barros (no Rock em Stock), o álbum entrou para o top do Rock em Stock em 17 de Outubro de 1979, no 18.º lugar.

A canção “Yachting Type” conheceu duas versões: a do álbum e uma outra, anteriormente editada em single, intitulada “Yachting types” (que pode ser ouvida aqui), que viria a fazer parte da colectânea, editada em 1979, “Sharp (16 Sharp New Rock Acts)”, ao lado de Cars, Ramones, Pretenders e Elvis Costello, entre outros.

Cheap Trick – Come on, come on (live)


1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 17 de Outubro de 1979.

O álbum “At Budokan”, dos Cheap Trick, 1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 17 de Outubro de 1979.

Stranglers - Duchess



O single Duchess foi editado em Agosto de 1979 e a canção foi tocada pela primeira vez ao vivo poucos dias depois, perante 80 mil pessoas, no estádio de Wembley, em Londres, concerto no qual os Stranglers tocaram quase todo o novo álbum “The Raven”, que só veio a ser editado no mês seguinte. O single entrou de imediato no top britânico, chegou ao 14.º lugar em Setembro e manteve-se no top até Outubro. O vídeo da canção foi censurado pela BBC. Ainda é possível vê-lo num ou noutro canal da MTV, como por exemplo no italiano (aqui).

Tubeway Army - The machman



“The machman”, do álbum Replicas, de 1979, de Gary Numan e a sua banda Tubeway Army. Melhor posição no top de álbuns do Rock em Stock: 6.º lugar em Outubro de 1979.

Patti Smith Group - Broken flag



Broken flag, do álbum Wave, de Patti Smith (1979), o último antes de um longo retiro musical de uma década para se dedicar à família. Melhor posição no top de álbuns do Rock em Stock: 2.º lugar em Julho de 1979.

Echo & The Bunnymen – The pictures on my Wall



“The pictures on my Wall”, o 1.º single dos Echo & The Bunnymen, editado em 1979 (nesse ano, já se tinham estreado com uma versão inicial de “Monkeys”, mas num disco colectivo). Em 1980, a canção seria regravada para o 1.º álbum da banda, onde surgiria intitulada apenas “Pictures on my Wall”.

Mickey Jupp – School



“School”, do álbum “Juppanese”, de Mickey Jupp.

Cheap Trick – Hello there (live)

1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 13 de Outubro de 1979


O álbum “At Budokan”, dos Cheap Trick, 1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 13 de Outubro de 1979.

Fischer-Z - Lies


“Lies”, do álbum “Word salad”, o primeiro dos Fischer-Z, um dos discos mais newwavish de 1979.

Joe Jackson – Is she really going out with him?



O histórico álbum de estreia de Joe Jackson, “Look Sharp!”, que esteve em grande destaque no Rock em Stock (bem como no Rotação de António Sérgio) desde a Primavera de 1979 (chegando ao 3.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock no início de Junho), em Inglaterra - e noutros países - só despertou a partir de Agosto - curiosamente, à boleia deste “Is she really going out with him?”, que tinha sido o 1.º single de Joe Jackson, editado, sem qualquer sucesso, no final de 1978. O fracasso repetiu-se com os outros três singles retirados do álbum, entretanto editado em 1979, “Sunday papers”, “One more time” e “Fools in love”: nenhum entrou nos tops de vendas. Aos EUA, o single “Is she really going out with him?” só chegou na Primavera de 1979 e entrou no top de vendas em Junho. Aproveitando o relativo sucesso norte-americano, o single foi reeditado em Inglaterra no Verão de 1979 e entrou finalmente no top britânico em Agosto, aí se mantendo até Outubro, chegando ao 13.º lugar, sucesso que se alargou a outros países. Na sequência do sucesso do single, o álbum “Look Sharp!”, depois de uma aparição discreta e muito fugaz no top 100 britânico em Março, reentrou em Agosto e manteve-se nos tops de vendas até Outubro.

Little Bo Bitch – It’s only love



Os Little Bo Bitch editaram um único álbum, em Outubro de 1979. À frente do álbum veio o primeiro dos dois singles dele retirados, “It’s only love”, editado em Setembro. Tal como sucedeu com muitos discos desta época, nunca foi editado em Portugal. A canção “It’s only love” viria, no entanto, a fazer parte da colectânea comemorativa do 1.º aniversário do Rock em Stock, editada em 1980.

Ian Dury & The Blockheads – Lullaby for franci/es



“Lullaby for franci/es”, enxerto reggae no álbum “Do it yourself”, de Ian Dury (1979). Melhor posição no top de álbuns do Rock em Stock: 4.º lugar, em Julho de 1979. No programa “Rotação”, de António Sérgio (Rádio Renascença), era 1.º lugar no final de Novembro de 1979.

Cars – Night spots


5.º lugar do top de álbuns do Rock em Stock de 10 de Outubro de 1979

A New Wave em força em “Night spots”, do álbum “Candy-O”, dos Cars (1979), que ocupava o 5.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock em 10 de Outubro de 1979. O álbum liderou durante duas semanas a lista do programa nocturno da Rádio Renascença “Rotação” (de António Sérgio) e dos leitores do Se7e.

Led Zeppelin – All my love

1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 22,26 e 29 de Setembro e 3, 6 e 10 de Outubro de 1979.

Tal como o início do Verão de 1979 no top do Rock em Stock tinha sido dominado pelos Dire Straits (nove tops seguidos no 1.º lugar), o início do Outono foi dos Led Zeppelin e o seu novo álbum “In through the out door”: seis tops seguidos no 1.º lugar do top de álbuns, em 22, 26 e 29 de Setembro e 3, 6 e 10 de Outubro de 1979.

Motors - Airport


“Airport”, a canção que deu glória efémera aos Motors e um dos hits dos anos da New Wave. O álbum “Approved by The Motors” foi amplamente divulgado em Portugal por António Sérgio, no seu programa nocturno da Rádio Renascença, “Rotação”, pouco antes de nascer o Rock em Stock.

Flying Lizards – TV


“TV”, do álbum de estreia dos Flying Lizards, editado no Verão de 1979. A canção seria também editada em single no início de 1980. Embora sem conseguir igualar o sucesso do single anterior (“Money”, que chegou ao 5.º lugar), “TV” esteve mais de um mês no top britânico de singles, atingindo o 43.º lugar em Fevereiro de 1980.

Joe Jackson – Baby stick around


“Baby stick around”, do álbum “Look Sharp!”, de Joe Jackson.

Siouxsie and the Banshees – Love in a void



Canção tocada ao vivo desde os primeiros tempos de Siouxsie & The Banshees (1977), “Love in a void” só seria editada em Setembro de 1979, num single com duplo lado A. Ficaria de fora do segundo álbum, “Join hands”, também editado em Setembro de 1979. Integraria, em 1981, a primeira compilação editada pela banda.

Devo – Secret agent man



Editado no final do Verão de 1979, “Secret agent man” foi o segundo e último single retirado do álbum “Duty now for the future”, dos Devo.

Trata-se de uma recriação (letra e música diferentes) de uma canção originariamente escrita nos anos 60 para a série de televisão norte-americana “Secret agent”, composta por P.F.Sloan e Steve Barri e cantada por Johnny Rivers. Os Devo gravaram-na pela primeira vez em 1974, numa versão que viria a integrar a curta-metragem de 1976 “In the beginning was the end: the truth about de-evolution” (o vídeo da música pode ser visto aqui). Em 1979, foi regravada para o segundo álbum da banda.

Led Zeppelin – Carouselambra


1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 6 de Outubro de 1979

“Carouselambra”, do álbum “In Through the Out Door”, dos Led Zeppelin, 1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 6 de Outubro de 1979.

Ronnie Wood – Seven days

7.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 6 de Outubro de 1979

Ainda que sem sucesso de assinalar, o álbum “Gimme some neck”, editado em 1979, foi o mais bem-sucedido álbum a solo de Ron Wood, guitarrista dos Rolling Stones desde 1975. Participaram no álbum os outros Stones (Mick Jagger, Keith Richards e Charlie Watts). Mick Fleetwood (Fleetwood Mac) é quem toca a bateria em “Seven days”, cover de uma canção de Bob Dylan.  

O álbum “Gimme some neck” era 7.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock em 6 de Outubro de 1979.

Fischer-Z - The worker


Reza a história que foi John Peel que, em 1979, ajudou a promover os ingleses Fischer-Z, tocando repetidamente o single “Remember Russia”. No entanto, apesar de algum sucesso na Europa, com destaque para Portugal, os Fischer-Z foram desprezados no seu país natal. O 1.º álbum, “Word salad”, de 1979, foi o único da banda que alcançou o top 100 britânico, mas com uma aparição relâmpago, de apenas uma semana, no início do Verão de 1979, num 66.º lugar. Quanto a singles, “The worker” (o terceiro da banda) foi, também, o melhor que os Fischer-Z alguma vez alcançaram em Inglaterra: o single manteve-se um mês no top 100 de singles, embora não tenha chegado a entrar nos 50 primeiros.

Fora do Reino Unido, no entanto, o single “The worker” teve algum sucesso. Na Holanda e na Bélgica, por exemplo, aproximou-se do top 20, em Setembro e Outubro de 1979 (na Holanda, o single teve mesmo segunda edição, ainda em 1979). Na Holanda, o álbum “Word salad” entrou directamente para o 21.º lugar em Setembro, registando um número considerável de vendas logo na semana em que foi editado.

“The worker” foi também editado numa versão especial, em “picture disc”, diferente da versão original, e que pode ser ouvida aqui.

O single “The worker” teve uma capa diferente em todos os países onde foi editado. Esta foi a capa portuguesa:

Joe Jackson – Throw it away



“Throw it away”, do álbum “Look sharp!”, de Joe Jackson (1979).

Bauhaus - Bela Lugosi's dead


Foi com uma canção de quase 10 minutos de duração - “Bela Lugosi's dead” -, gravada de uma só vez, muito pouco tempo depois de ter sido escrita, e editada em maxi-single no Verão de 1979, que os Bauhaus se estrearam em disco. Acabaria por se tornar um disco histórico. Não pela sua recepção à época – o disco foi basicamente ignorado –, mas por ser hoje amplamente citado como o berço da subcultura gótica.

No verão de 1979, a televisão inglesa passou uma série de filmes antigos de vampiros. O baixista David J escreveu a letra de “Bela Lugosi's dead” depois de ver um desses filmes, protagonizado pelo actor Bela Lugosi (terá sido o filme Drácula, de 1931). Peter Murphy criou a melodia vocal e a banda completou os arranjos, finalizando uma peça a que Peter Murphy haveria de referir-se como o “Stairway to heaven” do pós-punk.

Desde então, a canção, além de ter sido tocada por outras bandas (ainda este 2019 os Massive Attack tocaram-na nos concertos que realizaram em Portugal), fez parte de várias bandas sonoras de séries e de filmes, sobretudo de terror. Os membros dos Bauhaus nunca gostaram, contudo, de que colassem os Bauhaus, quer ao culto do vampirismo («só sou “vampiro” numa única ocasião: quando canto Bela Lugosi's dead», graceja Peter Murphy), quer ao gótico, recordando, com razão, a diversidade de géneros musicais plasmados na música dos Bauhaus.

Led Zeppelin – Fool in the rain

1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 3 de Outubro de 1979

“In Through the Out Door”, o último álbum dos Led Zeppelin (o baterista John Bonham morreria em 1980), foi editado no final do Verão de 1979. Entrou nos tops britânico e norte-americano em Setembro e chegou ao 1.º lugar em Inglaterra em 8 de Setembro e nos EUA uma semana mais tarde. No top do Rock em Stock, o álbum chegou ao 1.º lugar em 22 de Setembro, posição que ainda mantinha em 3 de Outubro.

Cars – Candy-O




“Candy-O”, o tema-título do segundo álbum dos Cars, de 1979. No Reino Unido, o álbum chegou ao 30.º lugar, permanecendo no top de vendas mais de um mês, entre Julho e Agosto de 1979. Nos EUA, o álbum entrou no top no início do Verão de 1979 e manteve-se mais de um ano seguido no top, até ao Verão de 1980, atingindo o 3.º lugar (melhor posição) em 25 de Agosto de 1979. No top do Rock em Stock desde Setembro de 1979, viria a alcançar a sua melhor posição em Outubro (5.º lugar).

Undertones – Jimmy Jimmy



“Jimmy Jimmy”, o terceiro single dos Undertones, também incluído no álbum de estreia da banda irlandesa, de 1979. O álbum chegou ao 13.º lugar no top britânico e o single ao 16.º lugar.