♫Tops do Rock em Stock (singles
e álbuns) de 21/6/1980 (gravação da emissão de 21/6/1980) (duração: 53min)♫
O primeiro top do Verão de 1980, de sábado, 21 de Junho de
1980.
Até ao alargamento do top de singles, em 1981, o desfile dos
dois tops (singles e álbuns) acontecia um a seguir ao outro, sem paragens. Foi
sempre ponto de honra do Rock em Stock os tops serem apresentados sem qualquer interrupção
para publicidade, o que é de assinalar, uma vez que se tratava da Rádio Comercial
- uma estação com publicidade - e do programa de maior audiência do FM em
Portugal. Em cinquenta e poucos minutos, desfilavam 30 canções (10 singles e 20
álbuns), o que dava pouco tempo por canção. Isso, em contrapartida, conferia um
ritmo muito elevado à apresentação dos tops, que combinava bem com o estilo de
apresentação de Luís Filipe Barros.
O testemunho:
«Esta gravação é uma sobrevivente de guerra! É um milagre ainda
existir. Encontrei-a quando mudei de casa. Já nem sabia que a tinha. Nem sei
bem porque é que guardei esta em especial. O Luís Filipe de Barros não estava
nos seus melhores dias! Mas depois de a encontrar, pus a velha cassete a tocar e
agradeci a todos os deuses nunca a ter deitado fora. Ouvi toda de seguida.
Fechei os olhos e imaginei-me no Verão de 80 a ouvir o top do Rock em Stock…
Quando a encontrei já não a ouvia há muitos anos. Mas
reconheci-a. Porque a tinha ouvido N vezes. Comecei a lembrar a história
atribulada da cassete. Tanto abanão levou ela quando a ouvia nos headphones!
Viajava comigo para férias, em condições manhosas. Apanhou carradas de sol e de
calor. Caiu não sei quantas vezes ao chão. Estava dentro do carro da minha tia
quando esta o estampou e o carro capotou. A fita partiu-se algumas vezes.
Quando se partia, abria a cassete e colava os dois pedaços com fita-cola. Às
vezes a fita enrolava-se tanto no leitor de cassetes que houve pedaços que se
perderam para sempre. Por isso a gravação tem alguns cortes pequenos. Quando
digitalizei, já lá vão uns bons aninhos, consegui preencher um ou outro buraco,
mas quando o buraco calhava no Luís Filipe de Barros a falar não havia nada a
fazer. Também preenchi a mudança de lado da cassete, em que se perde sempre um
bocado de programa.
A gravação não apanha o princípio do top de singles, falta os
primeiros segundos. Preenchi com o princípio do kitchen at parties para não
começar tão abruptamente, mas não ficou bem, porque onde a gravação começa está
o Luís Filipe de Barros a falar.
A gravação também não apanha o fim da última música.
Completei-a com o final da música.
Mesmo assim, não está nada mal!
Pena que o Luís Filipe de Barros aqui não estava nos seus melhores
dias. Se calhar estava de ressaca. Não fez juz à alcunha “Berros”. Estava mais comedido.
E pouco inspirado. A bem dizer, nós perdoávamos tudo. Aquilo impressionava, não
pelo que era dito, mas pelo ritmo de locução além claro pela música, que a
maior parte dos discos não estavam editados em Portugal. O homem podia, com a
pressa, meter palavras desadequadas, redundâncias, trocar o número de semanas
que um disco estava no top, não misturar tão bem a passagem das músicas como
sabia fazer tão bem, mas nós ouvíamos o programa fascinados e não perdíamos um
top! O Luís Filipe de Barros era o maior!
Aqui está uma gravação com 40 anos. Enjoy it!!!»
Nota: ajustámos o início e o final da gravação. Fica para
outra altura tentar restaurar toda a gravação. Tem muitos cortes minúsculos,
quase imperceptíveis, o que dificulta muito a tarefa. E a velocidade de gravação
não é constante, o que limita muito as possibilidades de intervenção.
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