Meat Loaf – Paradise by the dashboard light


20.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 5 de Janeiro de 1980

Quando, em 22 de Agosto de 1979, o álbum “Bat Out Of Hell” desceu ao 18.º lugar do top do Rock em Stock, Luís Filipe Barros vaticinou que o disco – que já então era o último sobrevivente da primeira edição do top de álbuns (19.º lugar no 1.º top, em 28 de Abril de 1979) - parecia «condenado definitivamente a desaparecer do top». A verdade é que depois disso ainda se manteve mais de quatro meses e era ainda o 20.º lugar no top de 5 de Janeiro de 1980, data que marcaria, finalmente, a despedida do top, após mais de oito meses de permanência. Longevidade que esteve longe de ser exclusiva do Rock em Stock - em 5 de Janeiro de 1980, o álbum ainda andava, por exemplo, pelo top britânico, e por lá continuaria mais alguns anos (atingiria a sua melhor posição já em 1981).

Integralmente escrito por Jim Steinman, o álbum “Bat out of hell”, que se tornaria um dos 10 discos mais vendidos de todos os tempos, tinha tudo para ser um falhanço. Irrotulável, desenquadrado e fora das convenções, foi alvo de cepticismo mesmo entre os músicos que nele tocaram. O baixista (um dos membros dos Utopia que tocaram no disco) haveria, mais tarde, de confessar que durante as gravações pensou que aquele disco era a maior anedota em que alguma vez tinha participado e que era incrível como uma editora tinha aceitado editar aquilo (e, na verdade, já tinha havido muitas recusas).

Contrariando a convenção de que uma canção, para passar na rádio, não deve ter mais de 3 a 4 minutos, Meat Loaf vingou com um álbum em que duas das três canções mais bem-sucedidas e mais passadas na rádio – “Bat out of hell” e “Paradise by the dashboard light” – tinham, respectivamente, mais de 9 minutos e mais de 8 minutos de duração.

“Paradise by the dashboard light” é um dueto de Meat Loaf com a cantora norte-americana Ellen Foley, que se destaca na extraordinária segunda parte da canção (“Let me sleep on it”, a partir do minuto 4:27). Ellen Foley, que participa em quase todas as canções de “Bat out of hell”, terá, por estes anos, outras intervenções de assinalar como vocalista, com realce no Rock em Stock, designadamente para Ian Hunter (1980) e para os Clash (1980), para além de editar um álbum que os Clash, em pleno auge da carreira, escreveram para si (e no qual os Clash foram banda de suporte).
  
“Bat out of hell” foi um dos 20 álbuns mais votados da história do top do Rock em Stock (1979-1982), embora sem nunca ter sido n.º 1 (a melhor posição foi o 2.º lugar, em Junho de 1979).

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