Editado
no final de Julho de 1979 pela Stiff Records, “Reasons to be cheerful, pt. 3”
foi o primeiro single de Ian Dury a entrar no top britânico (à boleia do
sucesso que estava a ter o álbum “Do it yourself”, que chegou ao 2.º lugar) e foi
também, de longe, o single mais bem-sucedido da carreira do cantor, atingindo o
3.º lugar.
Viagem aos anos da New Wave, tendo por referência o programa de rádio Rock em Stock, de Luís Filipe de Barros, na sua primeira fase (1979/1982). Celebrando os 40 anos do Rock em Stock.

A bronca do concerto português na história dos Stranglers / Go buddy go (live)
Os
Stranglers actuam hoje à noite em Cantanhede e é possível que seja a última
oportunidade para os ver actuar em Portugal. Foi há 40 anos o primeiro concerto
da banda no nosso país (Setembro de 1979). Mas já tinham vindo a Portugal para
um concerto agendado para 14 de Julho de 1978 em Cascais (com os 999 e os Arte
& Ofício a assegurarem a 1.ª parte), que foi cancelado no próprio dia e
ficou na história da banda, ao ponto de haver, no “site” oficial dos
Stranglers, uma página dedicada ao assunto, sob o título “I predict a riot: Cascais
1978”. Por ela percebemos, antes de mais, que em 1978 os Stranglers já tinham
uma legião de fãs em Portugal. O concerto estava esgotado (12 mil bilhetes
vendidos, fãs vindos de todo o país). Era o último concerto da digressão europeia
do álbum “Black & White” e ia ser o maior de toda a digressão. Ia.
Relatos
do que aconteceu são descritos nessa página do “site” oficial dos Stranglers,
onde se fala de problemas de fornecimento de energia, palco mais pequeno do que
o necessário, trabalhadores portugueses que não sabiam falar inglês e na fúria
que se apoderou de milhares de fãs quando perceberam que o concerto tinha sido
cancelado, originando uma batalha campal – com feridos hospitalizados –, que
teve o seu momento caricato na fuga do gerente e do técnico de luz dos
Stranglers em cima de um pónei (ou burro?) carregado de maçãs. O contexto em que tudo isto
ocorreu não deixa de ser mencionado: um país quase acabado de sair de uma
ditadura de 48 anos com censura apertada e pouca ou nenhuma liberdade para
concertos Rock, e que, 4 anos após a revolução, ainda não estava na rota
europeia dos concertos, que ainda eram muito raros.
Os
acontecimentos prejudicaram os próprios Stranglers, que só a custo voltaram a
conseguir agendar concertos na Europa. Regressariam a Cascais, em Setembro de 1979.
E dessa vez houve concerto.
“Go Buddy go”, do álbum “Live (X Cert)”, de 1979.
Stranglers & Simple Minds - (Get A) Grip (On Yourself)
“Grip”,
Stranglers e Simple Minds, 2015
Num
escrito que publicou sobre o assunto há uns anos, o escocês Jim Kerr, vocalista
dos Simple Minds, revelou como um concerto dos Stranglers a que assistiu em
Glasgow, em 1977, tinha sido um dos eventos marcantes da sua vida, confessando
que os Stranglers foram uma das bandas sem as quais os Simple Minds nunca
teriam existido. Referia-se a um concerto no City Halls de Glasgow em 22 de Junho
de 1977, tinha então Jim Kerr 17 anos. Já tinha assistido, em Glasgow, a
concertos de David Bowie, Lou Reed ou Roxy Music, mas os Stranglers é como se tivessem
vindo de outro planeta. Não era só ser o Punk. Os Stranglers, disse, tinham uma
sofisticação e uma poesia que tinha mais de comum com os Doors do que com os
Sex Pistols ou os Clash. Era, de qualquer modo, o primeiro concerto punk a que
assistia (porque os Sex Pistols tinham sido proibidos de tocar em Glasgow) e
ficou instantaneamente viciado no Punk Rock.
Cinco
meses depois, editaria, com a sua primeira banda, Johnny & The Self Abusers
(de que era vocalista), o primeiro single, intitulado “Saints & sinners”,
um disco punk:
No
exacto dia em que este single foi editado, dois dos membros dos Johnny &
The Self Abusers abandonaram a banda – um deles era o Johnny que dava o nome ao
grupo – e os restantes continuaram juntos, sob o novo nome “Simple Minds”.
Trinta
e oito anos depois, em Novembro de 2015, os Simple Minds e os Stranglers
gravaram juntos e editaram em single (Get a) Grip (On yourself), canção que tinha
sido, em 1977, o primeiro single dos Stranglers. Pela mesma altura, os Stranglers
foram convidados dos Simple Minds em cinco concertos especiais, um deles
precisamente, em Glasgow.
Jim
Kerr canta com os Stranglers com a satisfação de um fã adolescente que sobe ao
palco dos seus ídolos. E os "ídolos" continuam em boa forma, 40 anos depois.
Hoje,
30 de Julho, os Stranglers actuam em Portugal.
Dire Straits – Where do you think you’re going?
1.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 11, 14, 18, 21, 25 e 28 de Julho de
1979
Em
toda a primeira parte do Verão de 1979, os Dire Straits dominaram o top de
álbuns do Rock em Stock. Chegaram ao 1.º lugar no final de Junho com o álbum
“Dire Straits” (três tops seguidos no 1.º lugar), que foi substituído no 1.º
lugar pelo álbum “Communiqué” a partir de 11 de Julho (seis tops seguidos no
1.º lugar). Em 1979, nenhuma outra banda esteve tanto tempo seguido no 1.º
lugar no top de álbuns e nenhum outro álbum esteve mais tempo seguido no 1.º
lugar do que “Communiqué”.
Tubeway Army – Down in the park
19.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 28 de Julho de 1979
“Down
in the park”, do álbum “Replicas”, 19.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock
de 28 de Julho de 1979. O segundo álbum de Gary Numan estava destinado à mesma influência
punk do álbum anterior e foram fundamentalmente os Ultravox (e em especial o respectivo álbum
“Systems of romance”), que deslumbraram Gary Numan, que marcaram a mudança de
rumo na sua carreira. Não obstante a humildade de Gary Numan em revelar a sua
grande inspiração e em engrandecer a importância de “Systems of romance”,
“Replicas” foi, ele próprio, um álbum que constituiu um marco histórico. Com o
bónus de, ao contrário dos discos anteriores dos Ultravox, “Systems of romance”
incluído, que foram um fracasso de vendas, “Replicas” ter chegado a n.º 1 no
Reino Unido.
“Down
in the park” é uma das canções que integra a terceira colectânea do Rock em
Stock, editada em 2000.
Etiquetas:
Gary Numan,
Top do Rock em Stock,
Tubeway Army,
Ultravox
Devo – Gut feeling / (Slap Your Mammy)
2.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 25 de Julho de 1979
"Uncontrollable
Urge", “Space junk”, "Too Much Paranoias", “Gut feeling”, “Come
Back Jonee", “Mongoloid”, "Jocko Homo", “Sloppy”,
“Satisfaction”, "Shrivel-Up", "Praying Hands", todas as
músicas do álbum “Q: Are we not men? A: We are Devo!” – que não é raro aparecer
nas listas dos melhores álbuns de todos os tempos – fizeram parte das emissões
dos primeiros meses do Rock em Stock. O álbum, que esteve presente no top de
álbuns do Rock em Stock logo desde a sua primeira edição em 28/4/1979, nunca
chegou, no entanto, a ser n.º 1, registando como melhor posição o 2.º lugar, três
meses depois, em três tops seguidos (18, 21 e 25 de Julho), sempre atrás da
novidade “Communiqué”, dos Dire Straits. Os Devo já eram, de qualquer modo, uma
banda de culto no Rock em Stock (como no Rotação de António Sérgio).
Dire Straits – Single-Handed Sailor
1.º
lugar no top do Rock em Stock de 25 de Julho de 1979
“Single-handed
sailor”, do álbum “Communiqué”, refere-se a Francis Chichester, o inglês que,
em 1967, se tornou o primeiro circum-navegador solitário da história.
O
álbum “Communiqué” era o 1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock em 25 de
Julho de 1979.
Tights - China's eternal
Os
ingleses Tights tiveram existência muito curta, editando dois singles e
separando-se em 1979 (só regressariam 25 anos depois e o primeiro e único álbum
foi editado em 2010). “China’s eternal”, o lado B do segundo single, integraria
a colectânea comemorativa do primeiro aniversário do programa nocturno da Rádio
Comercial Rolls Rock, de António Sérgio (1980-1982), editada no fim de 1980.
Van Halen – Bottoms up!
7.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 21 de Julho de 1979
O
segundo álbum dos Van Halen, 7.º lugar no top do Rock em Stock de 21 de Julho
de 1979.
Devo – Too much paranoias
2.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 21 de Julho de 1979
No
álbum “Q: Are we not men? A. We are Devo!”, “Too much paranoias”, “Gut
feeling/(Slap your mammy)” e “Come back Jonee” são canções que foram registadas
em sequência sem intervalo entre elas. E não deixa de ser interessante ouvi-las
assim. A um fã dos Devo soará até um pouco estranho que ao fim de “Too much
paranoias” não se sucedam de imediato os acordes iniciais de “Gut Feeling”.
“Too
much paranoias” tem origem na canção - depois abandonada - “Polyvinyl Chloride”,
o que só é perceptível pela letra. De “Polyvinyl Chloride” subsistiu apenas uma gravação ao vivo de 1977, em Cleveland.
Dire Straits – Angel of mercy
1.º
lugar no top do Rock em Stock de 21 de Julho de 1979
O
álbum “Communiqué”, o segundo dos Dire Straits, 1.º lugar no top do Rock em
Stock de 21 de Julho de 1979.
Devo – Come back Jonee
2.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 21 de Julho
de 1979
Ainda o álbum “Q: Are we not men? A: We are Devo!”,
histórico no Rock em Stock, onde se mantinha no 2.º lugar no top de álbuns em 21
de Julho de 1979.
Há duas teorias convincentes sobre “Come back Jonee”, mas
que não são necessariamente alternativas, não sendo invulgar encontrarmos nos
Devo canções com um duplo sentido (um mais literal e outro metafórico). Uma
aponta para uma reconstrução do clássico de Chuck Berry “Johnny B. Goode”. De
acordo com a segunda, trata-se de uma canção sobre o ex-Presidente dos EUA John
Kennedy.
A título de curiosidade: o single “Come back Jonee” teve, em
Portugal, uma capa diferente de todas as outras edições do single.
Motors – Forget about you
5.º
lugar no top de singles do Rock em Stock de 18 de Julho de 1979
Foi
curta a história dos britânicos Motors – formaram-se em 1977 e acabaram em 1980
–, mas conseguiram editar dois singles que foram relativamente bem recebidos:
“Airport” e “Forget about you” (ambos retirados do primeiro álbum). Este último
teve uma passagem breve pelo top de singles do Rock em Stock, onde era 5.º lugar
no top de 18 de Julho de 1979.
“Forget
about you” foi um dos temas incluídos na colectânea comemorativa dos 20 anos do
Rock em Stock, editada em 1999.
Dire Straits – Communiqué
1.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 18 de Julho de 1979
Tema-título
do segundo álbum dos Dire Straits, “Communiqué”, 1.º lugar no top do Rock em
Stock de 18 de Julho de 1979.
Devo – (I can’t get no) Satisfaction
2.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 18 de Julho de 1979
Não
fosse a letra, seria uma versão irreconhecível de “Satisfaction”, dos Rolling
Stones. Curiosamente, esta canção dos Devo nasceu como uma versão de “Paint it
black”, também dos Rolling Stones. A mudança deu-se quando os Devo perceberam
que a letra de “Satisfaction” assentava melhor na música. Que é das mais antigas
dos Devo. Já existia, pelo menos, em 1976 (numa versão mais lenta) e foi editada
em single em 1977, primeiro pela editora criada pelos Devo (Booji Boy Records),
depois pela Stiff Records (versão que pode ser ouvida aqui). Em 1978, foi
finalmente regravada para o primeiro álbum dos Devo, já com produção de Brian
Eno.
O
álbum “Q: Are we not men? A: We are Devo!” era 2.º lugar do top de álbuns do
Rock em Stock em 18 de Julho de 1979.
Sex Pistols – (I'm Not Your) Steppin' Stone
10.º
lugar no top do Rock em Stock de 14 de Julho de 1979
O
álbum “The great rock’n’roll swindle”, a banda sonora do filme com o mesmo
nome, foi editado em 1979, após a morte de Sid Vicious e o fim dos Sex Pistols,
banda da qual já tinha saído Johnny Rotten. “(I'm Not Your) Steppin' Stone”,
uma cover da canção de Sidney Boyce e Bobby Hart e popularizada pelos Monkees
nos anos 60, é uma das canções do álbum cantadas por Johnny Rotten, cuja voz se
teve de ir buscar a gravações feitas em 1976.
O
álbum era 10.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Julho de 1979.
Van Halen – Dance the night away
6.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de julho de 1979
O
segundo álbum dos Van Halen, “Van Halen II”, editado em 1979, um ano após o
histórico álbum “Van Halen”, chegou a 6.º lugar no top de álbuns do Rock em
Stock, no top de 14 de Julho de 1979. “Dance the night away”, a canção mais
comercial do álbum, foi, por pressão da editora, o primeiro single retirado do
álbum.
M – Pop musik
1.º
lugar no top de singles do Rock em Stock
em 20, 23 e 27 de Junho e em 7, 11,
14, 18, 21, 25 e 28 de Julho de 1979
“Pop
musik”, o manifesto pop (será talvez exagerado chamar-lhe manifesto “anti-Rock”)
editado em 1979 por Robin Scott (sob o pseudónimo “M”) e a sua banda de suporte Factor tornou-se, inesperadamente, um êxito, primeiro no Reino Unido a partir
de Abril (atingiu o 2.º lugar no top britânico e foi o 14.º mais vendido em
1979) e depois à escala global a partir de Junho/Julho e - no caso da América
do Norte - no Outono de 1979.
Em
Portugal, no top do Rock em Stock, o single entrou no top ainda em Maio de 1979
e chegou ao 1.º lugar em 20 de Junho, posição que manteve em 23 e em 27 desse
mês, recuperando depois o n.º 1 no top de 7 de Julho, aí se mantendo nos tops
de 11, 14, 18, 21, 25 e 28 de Julho. Os 10 tops em que esteve no 1.º lugar (numa
altura em que havia dois tops por semana) tornaram “Pop musik” no single que
mais tempo esteve no n.º 1 do top de singles do Rock em Stock em 1979.
(P.S. - A bebé da capa do single era a filha de Robin Scott, que hoje é a música Berenice Scott)
Dire Straits - Lady writer
1.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 14 de Julho de 1979
Ao
contrário do primeiro álbum dos Dire Straits, que demorou muito tempo a singrar
nos tops de vendas, “Communiqué”, editado quando aquele estava na berra,
beneficiou desse facto e escalou os tops logo a partir da semana em que foi
editado. E na Alemanha ficou para a história como o primeiro disco a entrar
directamente para o 1.º lugar na semana em que foi editado. Também na Nova
Zelândia o disco entrou para o 1.º lugar na semana em que aí foi editado
(Agosto de 79). Entradas de rompante aconteceram noutros países, como por exemplo
Suécia (entrou para o 3.º), Reino Unido (6.º), Noruega (6.º) e Holanda (7.º).
“Communiqué”
foi um dos álbuns que marcaram o Verão de 79. Não tanto na América do Norte
(11.º nos EUA em Agosto, 14.º no Canadá em Agosto), mas sobretudo na Europa.
Chegou a 5.º no Reino Unido (Junho), a 7.º na Áustria (Julho), a 1.º em Espanha
(Agosto), a 3.º na Holanda (em Junho, e passou quase todo o Verão nos lugares
cimeiros), a 1.º na Suécia (durante todo o mês de Julho, todo o mês de Agosto e
em metade de Setembro e de Outubro), a 2.º na Noruega (dois meses seguidos,
entre Julho e Setembro) e a 1.º na Alemanha (cerca de dois meses nos 1.º e 2.º
lugares, entre Junho e Agosto, e todo o Verão entre os 5 primeiros, sempre na
companhia do álbum anterior dos Dire Straits). Em Portugal, foi disco de ouro.
E saltou rapidamente para o 1.º lugar no top do Rock em Stock, posição onde se
mantinha no top de 14 de Julho de 1979.
“Lady
writer”, foi o único single retirado de “Communiqué”, tendo sido editado em
Julho de 1979. A “lady writer” da canção, viria a confirmar-se anos mais tarde,
era Marina Warner, que tinha publicado um livro sobre o culto mariano,
intitulado “Alone of All Her Sex: The Myth and the Cult of the Virgin Mary”.
Mark Knopfler viu Marina Warner num programa de TV a falar sobre esse seu
estudo e nasceu aí esta canção.
Edição portuguesa de "Lady writer"
Clash – Gates of the west
Em
1979, entre os álbuns “Give ‘em enough rope” e “London Calling”, os Clash
editaram o EP “The cost of living E.P.”, que incluía este “Gates of the west”, em
que já é bem evidente o som que viria a caracterizar o duplo “London Calling”.
O EP chegou a 22.º lugar no top britânico no final de Junho de 1979.
Tubeway Army – Are ‘friends’ electric?
20.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 11 de Julho de 1979
Nada
fazia esperar que chegasse a n.º 1 no Reino Unido e se tornasse um dos maiores
“hits” de 1979: “Are ‘friends’ electric?” nem sequer passava regularmente na
rádio antes de chegar a n.º 1 (só começou a passar quando já ia na terceira
semana no 1.º lugar do top de vendas), tinha mais de 5 minutos de duração (porque
nasceu de duas canções diferentes que Gary Numan não conseguia terminar), o
tema não ajudava (um homem que chama uma prostituta-robot – o “friend” da
canção é um androide –, embora isso não tenha ficado evidente na letra), tinha
uma melodia nada convencional (com uma ajuda: ao ensaiar a música, Gary Numan
enganou-se numa nota e deu-se conta de que com a nota “errada” a canção ficava muito
melhor) e, como se tudo isto não chegasse, o álbum “Replicas”, de que faz parte
a canção, tinha sido editado no início de Abril e nem sequer tinha entrado no
top 100 britânico.
Contrariando
todas as expectativas, o single “Are friends electric?” escalou subitamente o
top britânico de singles e chegou ao 1.º lugar no final de Junho de 1979,
mantendo-se quase um mês no n.º 1. E foi então que o álbum “Replicas”, até aí
basicamente ignorado, entrou no top 100 de álbuns e chegou também ao 1.º lugar,
em Julho de 1979. E é também na sequência disso que o primeiro álbum de Gary
Numan e a sua banda, “Tubeway Army”, de 1978, entra finalmente nos tops de
vendas em Agosto de 1979, chegando ao 14.º lugar.
O
álbum “Replicas” acabou por ser um dos 20 mais vendidos em 1979 no Reino Unido
e o single “Are ‘friends’ electric?” foi o 4.º single mais vendido do ano. O
inesperado sucesso inglês contagiou outros países a partir de Agosto de 1979,
onde o single atingiu o top 10.
Em
Portugal, o álbum “Replicas” entrou no top de álbuns do Rock em Stock em 11 de
Julho de 1979 (20.º lugar).
Dire Straits – Once upon a time in the west
1.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 11 de Julho de 1979
Editado
à chegada do Verão de 1979, o segundo álbum dos Dire Straits, “Communiqué”, já era,
dias depois, 1.º lugar no top do Rock em Stock (top de 11 de Julho de 1979). O
disco sucedeu no 1.º lugar do top ao álbum “Dire Straits”, o primeiro da banda,
que tinha ocupado o n.º 1 nos três tops anteriores. Estranho? Nem por isso. Em
Portugal, como nos outros países, “Communiqué” surgiu numa altura em que o
primeiro disco dos Dire Straits, embora editado um ano antes, marcava forte
presença nos tops. Na Alemanha, por exemplo, o álbum de estreia “Dire Straits”
ainda era 3.º lugar quando “Communiqué” entrou no top de vendas para o 1.º
lugar (e os dois discos dos Dire Straits manter-se-ão nos primeiros 5 lugares
durante todo o Verão de 1979). Também noutros países, como o Reino Unido, a Nova
Zelândia e a Noruega, “Communiqué” entrou nos tops de vendas quando o álbum “Dire
Straits” ainda figurava nos 20 primeiros.
Patti Smith – Citizen ship
O
álbum “Wave”, de Patti Smith, que só por “culpa” dos Dire Straits não chegou ao
primeiro lugar no top do Rock em Stock em Julho de 1979, ficando-se pelo segundo.
Foi o último disco de Patti Smith antes de um longo retiro da cena musical.
Patti
Smith actua em Portugal no dia 17 do próximo mês, em Paredes de Coura.
Devo – Shrivel up
“Shrivel
up”, do álbum “Q: Are we not men? A: We are Devo!”, que continuava em grande
destaque no Rock em Stock em Julho de 1979.
Joy Division – Digital
“Digital”,
dos Joy Division, música editada em 1979 num duplo single colectivo da Factory
intitulado “A Factory sample”. Haveria de ficar para a história como a última
música tocada pelos Joy Division, no último concerto da banda em 1980.
Ted Nugent – I got the feelin’
O
álbum “Weekend warriors”, de Ted Nugent. Melhor posição no top de álbuns do
Rock em Stock: 12.º lugar no top de 4 de Julho de 1979.
Dire Straits – Six blade knife
1.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Julho de 1979
Embora
editado em Junho de 1978, foi em 1979 que o álbum de estreia dos Dire Straits
(com o mesmo nome) verdadeiramente despertou, chegando ao 2.º lugar nos EUA (onde
esteve dois meses entre os quatro primeiros) e ao 5.º lugar no Reino unido
(onde esteve dois meses entre os dez primeiros e foi um dos 20 álbuns mais
vendidos em 1979). Canadá, Alemanha, Austrália e França (1.º lugar nestes dois
últimos) foram outros dos países onde o disco foi muito bem-recebido.
Era
o 1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 7 de Julho de 1979, a data em
que entrou no top, para o 14.º lugar, o segundo álbum dos Dire Straits,
“Communiqué”. Na mesma data, “Sultans of swing”, que já tinha andado pelo 1.º
lugar, era ainda 5.º lugar no top de singles.
Ian Dury & The Blockheads - Uneasy Sunny Day Hotsy Totsy
4.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 4 de Julho de 1979
O
regresso de Ian Dury ao top do Rock em Stock, desta feita com o seu 2.º álbum,
“Do it yourself”, de 1979 - 4.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 4 de
Julho de 1979. Numa altura (Junho / Julho de 1979) em que o primeiro álbum
ainda andava pelo top 50 de vendas britânico, o segundo, “Do it yourself”
chegou ao 2.º lugar no mesmo top. Nenhum outro disco de Ian Dury chegou tão alto
nos tops.
Go Graal Blues Band – Baby, I wanna
3.º
lugar no top do Rock em Stock de 4 de Julho de 1979
Foi
em 6 de Junho de 1979 que chegou aos tops do Rock em Stock o primeiro disco
português (embora cantado em inglês): o álbum de estreia da Go Graal Blues Band
(com o mesmo nome), de 1979, entrava nesse dia para o 20.º lugar, chegaria a
5.º lugar no fim do mês e ao 3.º lugar (a melhor posição) em 4 de Julho.
O
álbum (que nunca foi reeditado) inclui um pequeno texto de Jaime Fernandes, um dos fundadores / locutores iniciais do Rock em Stock.
Integravam
a GGBB João Allain, Paulo Gonzo, Raúl Anjos, António Ferro, Augusto Mayer, João
Esteves e José Cordeiro.
Patti Smith Group - Dancing barefoot
2.º LUGAR NO TOP DE ÁLBUNS DO ROCK EM STOCK DE 4 DE JULHO DE 1979
Do
álbum “Wave”, “Dancing barefoot”, que actualmente aparece em listas das
melhores canções de todos os tempos, foi editada em single em 1979, mas foi um
rotundo fracasso, não tendo sequer chegado a entrar nos tops de vendas.
É
a canção de Patti Smith que mais “covers” originou. U2, Pearl Jam, Simple
Minds, Waterboys, Mission, Shakespears Sister ou Feelies contam-se entre as
inúmeras bandas que, prestando homenagem a uma das suas canções favoritas, já
fizeram versões de “Dancing Barefoot”. Michael Stipe, Johnny Depp ou Eddie
Vedder são alguns dos músicos com quem Patti Smith já cantou “Dancing barefoot”
em palco.
A
inspirada letra é de Patti Smith, que partilha a autoria da canção com o
baixista Ivan Kral (de quem também se pode ouvir uma versão gravada ao vivo em
2011).
“Here
I go when I don't know why / I spin so ceaselessly / 'Til I lose my sense of
gravity (…) We shut our eyes, we stretch out our arms / And whirl on a pane of
glass / An afixiation, a fix on anything / The line of life, the limb of a tree
/ The hands of he and the promise that she / Is blessed among women”.
O
álbum “Wave” ocupava o 2.º lugar no top do Rock em Stock de 4 de
Julho de 1979, data em que Patti Smith ocupava também o 2.º lugar no top de singles.
Patti Smith actua em Portugal em 17 de Agosto, no festival de Paredes de Coura. "Dancing Barefoot" é uma canção que tem feito parte do alinhamento dos concertos de Patti Smith.
Patti Smith actua em Portugal em 17 de Agosto, no festival de Paredes de Coura. "Dancing Barefoot" é uma canção que tem feito parte do alinhamento dos concertos de Patti Smith.
Dire Straits – Water of love
1.º
lugar no top do Rock em Stock de 4 de Julho de 1979
O
álbum “Dire Straits”, 1.º lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 4 de Julho
de 1979. Na generalidade dos países, o único single retirado do álbum foi “Sultans
of swing”. Na Austrália e na Holanda, também “Water of love” foi editada em
single.
Jaime Fernandes sai, locutores do Rock em Stock: Barros e Morrison
Em
Julho de 1979, Jaime Fernandes foi para a rádio internacional alemã Deutche Welle
e saiu, por isso, do Rock em Stock. Paulo Coelho já tinha também saído. Dos
fundadores / locutores iniciais do Rock em Stock, sobrou Luís Filipe Barros.
Após a saída de Jaime Fernandes, Luís Filipe Barros é o locutor principal e Rui
Morrison (na foto), com a agenda preenchida com outros programas, será o
locutor nas folgas e férias de Luís Filipe Barros. Estava finalmente formada a dupla
de locutores do Rock em Stock que se manteria até 1982.
Police – Can’t stand losing you
Aproveitando
o relativo sucesso de “Roxanne” em 1979, primeiro nos EUA e depois em
Inglaterra, o single “Can´t stand losing you”, que tinha tido uma passagem
fugaz e modesta pelo top britânico em 1978, foi reeditado no Verão de 1979,
para se tornar no primeiro “hit” dos Police: reentrou no top britânico em Julho
de 1979 - quase um ano depois de o single ter sido editado pela primeira vez -
e chegou ao 2.º lugar. Viria a ser o 55.º single mais vendido do ano no Reino
Unido.
Dire Straits – Down to the waterline
1.º
lugar no top de álbuns do Rock em Stock de 30 de Junho de 1979
Depois
do 1.º lugar do top de singles em Maio de 1979, com “Sultans of swing”, os Dire
Straits chegaram ao 1.º lugar do top de álbuns do Rock em Stock, com o seu
álbum de estreia, em 30 de Junho, depois de mais de dois meses de presença no
top (desde a sua primeira edição em 28 de Abril).
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